Contrabando desaparece em Linha Garibaldi

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Contrabando desaparece em Linha Garibaldi

O sumiço de uma carga de cigarros encontrada há duas semanas pela Brigada Militar (BM) será investigado pela Polícia Federal de Santa Cruz do Sul. O material foi abandonado em um terreno baldio de propriedade particular, em Linha Garibaldi e ficou sob responsabilidade da Polícia Civil da cidade.

A delegada de polícia, Elisabete Müller solicitou à administração municipal o recolhimento dos cigarros, pensando se tratar de lixo acumulado. Ao chegar no terreno, o servidor público da Secretaria de Obras constatou que grande parte do contrabando não estava mais no local.

crivoConforme o capitão da BM, Luciano Johann, a informação surgiu de telefonema anônimo em 13 de agosto. “Ao visitar o local, constatamos que a carga de cigarros abandonada era grande e necessitava mais do que um caminhão para o transporte.”

Segundo moradores do município, nos dias que antecederam a chegada do caminhão para o recolhimento, uma movimentação incomum de carros e pessoas foi percebida. A hipótese é de que se tratava de populares que foram ao local para se apropriar dos produtos.

O procedimento adotado pelas polícias do município é contestado pelo delegado Aldronei Rodrigues, da Delegacia Fazendária da Polícia Federal. “Não fomos informados de forma oficial”, confirma. “O correto seria isolar a área e comunicar a Polícia Federal.”

De acordo com ele, tanto a Brigada Militar quanto a Polícia Civil podem arrecadar os cigarros e enviá-los à Delegacia de Polícia Fazendária. O delegado afirma que o inquérito policial pode ser prejudicado pelo fato de o local não ter sido preservado.

No entanto, a delegada Elisabete declara que imagens e amostras das carteiras de cigarro servirão como provas para o inquérito. Segundo ela, as chuvas frequentes degradaram o material. “Nossa primeira preocupação foi com o meio ambiente, por isso pedimos a retirada dos cigarros.”

Com a comprovação de que se tratavam de cigarros contrabandeados, a delegada Elisabete encaminhará a investigação para a Polícia Federal.

O proprietário do terreno, Nilson Giovanella, residente em Lajeado, desconhece o fato. Segundo ele, desde o fechamento da fábrica de ração que funcionava no local, não compareceu mais no terreno.

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