Com o aumento do uso de celulares, os telefones públicos passaram a ser pouco usados. A Oi Telefonia montou um projeto para oferecer acesso à internet nos orelhões do país.
De acordo com dados da Agência Nacional de Telefonia (Anatel), ao todo, o Brasil tem 1,1 milhão de terminais públicos. Destes, 824 mil são de responsabilidade da empresa. Luiz Carlos Holzkamp, assessor de imprensa da Oi para a região sul do país, diz que a velocidade de acesso seria de dois megabits por segundo.
Em torno de 10% das estruturas se tornariam pontos de conexão e distribuiriam o sinal em um raio de 50 metros. Pessoas com telefones, laptops ou qualquer aparelho habilitado para a conexão poderiam usufruir do serviço de forma gratuita.
O sócio de uma empresa de telecomunicações, Sílvio Brod comenta que são poucas as informações sobre a segurança e uso desses terminais e se tornou comum a instalação de redes sem fio em lancherias, lojas e meios de transporte.
Vandalismo atrapalha
A ação de vândalos e a falta de conservação dos terminais podem impossibilitar a ideia. Na região, diversos bairros têm mais orelhões inutilizados do que funcionando. Segundo dados da Anatel, a média semestral de terminais que são depredados e precisam ser removidos para reparos passa de 10%.
No estado, há 66 mil aparelhos. A cada mês cerca de 650 telefones e 600 estruturas passam manutenção. No Vale, existem 1.755 orelhões. A quantidade de danos segue um padrão semelhante.
Lajeado é a cidade com o maior número de telefones públicos, 413. O bairro Centro, com 30, é o que tem mais. Pelo cálculo da concessionária do serviço, em média, sete são depredados a cada mês. O tempo estimado para o reparo é de 15 dias em média.
Segundo ele, o projeto passa por melhorias e até o fim do ano pode ser testado no estado. Ele considera a estrutura adequada para a instalação do serviço e tem a vigilância dos moradores para evitar danos aos equipamentos.
Falta de reparos
No dia 14 de fevereiro, o A Hora publicou a reclamação de moradores da rua Frederico Germano Haenssgen, em Cruzeiro do Sul. No local, três dos seis telefones instalados ao longo de seis quilômetros estavam estragados há mais de meio ano.
Até hoje, o problema não foi resolvido. A produtora de leite, Maria Alcida Schmidt diz que é comum os motoristas tentarem utilizá-lo e se aborrecerem com o problema.