A situação ainda é tranquila, mas precisa de atenção. Alguns arroios da região elevaram seus níveis nas últimas horas, deixando preocupados os moradores de áreas de risco. O nível do Rio Taquari às 18h de ontem, conforme a Petrobras, subiu 15 centímetros por hora, chegando a 14,35 metros, quando o normal é de 13 metros.
Nas últimas 48 horas foram registradas chuvas intensas na cabeceira do leito, como em Guaporé, onde de terça para quarta-feira choveu mais de cem milímetros.
Em Forquetinha, o nível do arroio subiu e deixou a ponte do Storck interditada. A chuva forte e o acúmulo de água na pista ocasionaram um acidente entre sete carros na RS-130, nas imediações do Motel Monn Cherry. Foram registrados apenas danos materiais.
De acordo com o coordenador regional da Defesa Civil, major Vinicius Renner Galvani, todos os municípios estão sendo contatados para averiguar a situação dos principais arroios. Ele diz que as equipes estão prontas para remoção de famílias das áreas consideradas alagáveis.
Renner confirma que as chuvas registradas em Guaporé e Passo Fundo refletirão no nível das águas do Rio Taquari, por isso o órgão está em contato com a barragem de Bom Retiro do Sul. “Se for preciso abriremos um pouco das comportas para estabilizar o nível do Taquari.”
Segundo o Centro de Informações Hidrometeorológicas (CIH) da Univates, a chuva de ontem em Lajeado chegou a 60 milímetros. Cada milímetro equivale a um litro de água por metro quadrado.
Conforme a coordenadora Grasiela Both, o tempo começa a melhorar a partir de hoje. Deve chover ainda hoje, mas a nebulosidade reduz e o sol deve aparecer. As temperaturas caem e a partir de amanhã haverá tempo firme com sol e noites frias.
A previsão é de que o estado volte a registrar temperaturas em torno de 0ºC amanhã com possibilidade de geada na região da campanha. No Vale, uma massa de ar seco e frio deixa o tempo firme com predomínio do sol. Faz frio nas primeiras horas do dia, amenizando à tarde.
Chuva preocupa produtores
O engenheiro agrônomo Nilo Cortez diz que choveu além da média do mês que é de 120 milímetros. O acúmulo de água no solo ainda não prejudicou, mas começa a preocupar. É necessário para as culturas como a do trigo e para as pastagens (aveia, azevém), que estão em fase de crescimento, clima mais seco e dias de sol com intensa luminosidade, caso contrário haverá prejuízos.