Durante cinco dias, a região evidenciará o potencial da produção de alimentos na agricultura familiar e a importância que o agronegócio tem para o estado e o país.
De amanhã até domingo, o Parque do Imigrante deve receber um público de 55 mil pessoas e gerar R$ 10 milhões em negócios. A feira está orçada em R$ 720 mil. Ao todo 150 municípios gaúchos e de outros estados estarão representados.
A abertura ocorre amanhã, às 16h, com presença do governador Tarso Genro e demais autoridades estaduais, regionais e municipais.
Serão 298 expositores, entre agroindústrias familiares e fornecedores de máquinas, bens e serviços oriundos do sul do Brasil e outros estados, como Minas Gerais e São Paulo.
Para o presidente da comissão organizadora, Oreno Ardêmio Heineck, a feira é uma referência para o desenvolvimento econômico e social da agricultura familiar.
Ele diz que é preciso oferecer instrumentos para que a juventude permaneça no meio rural, produzindo alimentos. “O desafio é tornar a agricultura familiar viável. Fazer com que ofereça uma vida digna e por que não com o conforto que a população têm na cidade.” Ele acredita que só assim essas pessoas terão condições e motivação para continuar.
Legalização
Na sexta-feira, dia 15, uma audiência debate o Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf), que prevê a unificação das agroindústrias familiares do Rio Grande do Sul.
Isso permitirá a liberação da venda dos produtos em todo o estado. Hoje, eles só podem ser vendidos no município onde a agroindústria é registrada.
Pouco mais de 560 agroindústrias estão legalizadas no estado e mais de sete mil trabalham na informalidade. O secretário de Desenvolvimento Rural, Ivar Pavan diz que essa limitação de venda do produto – ter qualidade e não poder sair do município – é uma reserva de mercado inaceitável.
O Vale do Taquari é o que tem o maior número de agroindústrias registradas. São 83 contra 35 no Vale do Rio Pardo, e 16 no Vale do Caí. Entre os produtos mais vendidos, destaque para o mercado de origem animal como: suínos, ave e leite. Erva-mate, doces, conservas e derivados da cana-de-açúcar também estão entre os principais.
Foco nos orgânicos
Um em cada três supermercados no país vende produtos orgânicos. Eles custam mais, mas muitos consumidores estão dispostos a pagar. O setor cresce 40% ao ano com investimento em lojas especializadas.
De olho nesse mercado, a produção de orgânicos será debatida em um seminário que reúne produtores e lideranças ligadas ao setor na quinta-feira.
Um estudo inédito do Projeto Organics Brasil com as certificadoras estima que a área total orgânica certificada para a atividade agropastoril, no país, é de 331,6 mil hectares e para extrativismo é de 6,5 milhões de hectares. Toda essa área é explorada por 7,7 mil produtores orgânicos, que produzem 5,2 milhões de toneladas por ano.
Fique atento
O que – AgroInd Familiar – Feira Nacional de Máquinas, Equipamentos, Produtos e Serviços
Quando – De 13 a 17 (quarta-feira a domingo)
Onde – Parque do Imigrante – Lajeado
Ingresso – R$ 5 por pessoa
Horários de visitação
Dia 13 – quarta, 16h (abertura com presença do governador Tarso Genro) às 20h30min
14 – quinta, 9h às 20h30min
15 – sexta, 9h às 20h30min
16 – sábado, 9h às 21h
17 – domingo, 9h às 18h