Desde o início do ano foram registrados 115 roubos a cargas na região, no trecho Tabaí a Montenegro. Um aumento de 202% comparado com o mesmo período de 2010, quando foram registrados 38.
Os produtos mais visados pelos bandidos são eletroeletrônicos, remédios, pneus e cigarros. Mercadorias, que segundo o chefe da 4ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Adão Vilmar Madril, são de fácil revenda no mercado negro.
A PRF, em parceria com a Brigada Militar (BM) e Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil de Porto Alegre investigam o caso e suspeitam de uma quadrilha formada por pessoas do Vale do Taquari com antecedentes criminais no mesmo crime.
Madril diz que o crime ocorre sempre da mesma forma. Os bandidos se aproximam do caminhão com dois veículos e o forçam a parar. O motorista é rendido e os criminosos levam o veículo até uma estrada vicinal, onde outro aguarda para receptar a mercadoria.
A polícia acredita que o interesse dos bandidos na região é pelo grande movimento de veículos de carga que transitam na BR-386 e as facilidades para fuga nos desvios de pedágios e estradas vicinais. Segundo ele, na maioria dos casos os criminosos são alertados quanto à carga por alguém ligado à empresa.
Uma preocupação dos investigadores são os equipamentos usados pelos bandidos – os Jammers. Eles cortam o sinal de celular e do rastreador, impossibilitando o motorista de manter contato com a seguradora.
Orientação de segurança
O chefe da PRF indica que o motorista fique atento à reação de outros veículos. Ele destaca que não há como indicar um tipo de carro suspeito, porque os bandidos utilizam carros furtados para o crime.
Segundo Madril, há atitudes suspeitas, como veículos que deixam ser ultrapassados com facilidade e logo em seguida ultrapassam, ou aqueles que ficam próximos demais da carreta por um longo tempo.
A recomendação é de que os motoristas liguem para o número 191 da PRF para informar da situação suspeita. Madril diz que uma viatura procurará o veículo para identificar se há irregularidades.
Segundo ele, nesta semana, um motorista ligou informando que um carro o perseguia. Quando a polícia o parou constatou que era uma família em viagem e que justificou que se sentia mais segura viajando próximo a outro veículo, no caso o caminhão.