Vacinação contra gripe pode ser prorrogada

A campanha de vaci­nação não atingiu a meta de 90% da po­pulação de risco. Na região, apenas 35% dos idosos, gestantes, crianças entre 6 me­ses e 2 anos, povos indígenas e agentes de saúde que atendem pacientes com gripe foram imu­nizados desde o início da cam­panha, dia 25 de abril.

A coordenadora do programa de imunização da 16ª Coordena­doria Regional de Saúde (CRS), Inge Storck dos Passos, acredita que a campanha será prorro­gada. Ela estima que até esta sexta-feira – último dia para a vacinação –, 60% da população de risco será vacinada.

A aposentada Leontina Bra­gattini Beneduzi, 86 anos, foi uma das poucas pessoas que procurou o posto de saúde. Ela, que mora há poucos dias em Lajeado, se vacinou contra a gripe ontem, no bairro Mon­tanha.

No município, foram imuni­zados 40,06% das 10.475 pes­soas esperadas. Arroio do Meio e Cruzeiro do Sul atingiram 37,9% e 58,7% da meta, respec­tivamente. De acordo com Inge, a baixa procura é devido à re­jeição do público. Ela informa que a campanha foi igualmen­te divulgada nos 41 municípios atendidos pela 16ª CRS.

A enfermeira de Vigilância de Saúde de Estrela, Carmen Hentschke, se diz preocupada com o índice. Apenas 40% da população de risco foi vacina­da e os demais mostram resis­tência à vacinação. Ela diz que a meta não será atingida até sexta-feira.

O pneumologista Cláudio Klein afirma que o motivo do baixo índice é o relaxamento do brasileiro. Ele informa que a população só busca ajuda médica quando nota que sua saúde está debilitada.

Klein salienta que tanto a gripe comum como a gripe A (H1N1) podem matar. “Quando a pessoa debilitada tem algum tipo de risco, como bronquite ou problemas cardíacos, é frequen­te termos internações.” Ele res­salta que a gripe pode afetar os pacientes de todas as idades.

Para Klein, a vacinação é o tratamento mais eficaz contra a doença, por ser de fácil acesso à população.

Diferença entre gripe e resfriado