Após conquistar o comércio gaúcho, as fábricas de confecção do município se projetam no mercado nacional. A falta de mão de obra especializada na região se tornou uma das grandes dificuldades das empresas, mas a perspectiva dos empresários é de crescimento superior a 10% neste ano.
O proprietário da Mepase, Roni Allgayer, diz que traz funcionários de outros municípios, mas o quadro é insuficiente para atender a demanda de produção. Para isto, é necessário ensinar novos profissionais. “Damos oportunidade, se funcionar, contratamos”.
Para suprir a falta de funcionários, Allgayer comprou no início do ano, sete máquinas alemãs que fazem o trabalho de dez operários. Ele procura pessoas capacitadas para operar os equipamentos.
Segundo Allgayer a projeção de crescimento da empresa era de 10% ao ano, em 2010 obteve 18% e para este ano ele calcula um crescimento de 20%. A Mepase produz mensalmente entre 20 e 30 mil peças.
Outra empresa em situação semelhante é Duallin Moda Íntima. Em 2001, a fábrica foi arrasada pela enchente, perdendo todos os equipamentos e produtos. Segundo a sócia administrativa, Aline Hübner foi difícil se reerguer.
Os equipamentos foram readquiridos e as previsões de vendas confirmadas. A aceitação do produto no mercado favoreceu o crescimento da empresa.
Os clientes se tornaram mais exigentes e um novo prédio é construído para ampliar a produção. A estrutura da fábrica é de 96 metros quadrados e passará para 446 metros quadrados. A inauguração será no fim de abril.
O quadro atual é de 12 funcionários e com a nova instalação passará para 15. A produção média mensal é de seis mil peças.
Especializada em corte, Rosangela Koch, 27 anos, trabalha há três na empresa. Foi o seu primeiro trabalho no ramo de confecções. “Muitas pessoas não têm oportunidade, mas aprendi aqui como trabalhar”, diz.