Poucos utilizam a passarela sobre a BR-386 que liga a rua Cel. Brito e João Lino Braun. A maioria dos pedestres preferem atravessar a rodovia arriscando ser atropelados.
A diretora da Escola Estadual de Educação Básica Nicolau Müssnich, que fica próxima à rodovia, Maria Elenita V. Sulzbach, afirma que os alunos são incentivados por meio de campanhas em sala de aula a atravessar com segurança. Em reunião, os pais são orientados a alertar os filhos sobre a importância de usar a passarela.
Segunda-feira, ao meio-dia, um grupo de alunos do 1° ano do Ensino Médio foi flagrado atravessando a rodovia. Para eles, é perda de tempo atravessar na passarela, pois como o acesso é por rampas, o caminho se torna longo. A turma só a utiliza em dias com forte neblina, pois não conseguem ver os veículos.
Maria Elenita dá exemplo ao usar a passarela, mas aponta algumas deficiências. À noite, diz que é pouco iluminada e alguns podem ignorá-la temento assaltos. Os pais dos alunos comentam que o espaço entre as grades de proteção é inseguro.
Para ela é importante sanar esses problemas e obrigar o uso. Sua sugestão é a construção de barreiras na rodovia, impedindo que os pedestres a atravessem.
Há 11 anos quando Vanessa Andrea Rockenbach voltava para casa, foi atropelada na BR, no local onde havia faixa de segurança. Ela ficou paraplégica, e possui sensibilidade na perna esquerda. A comunidade e a escola mobilizaram-se exigindo a construção da passarela.
Em Lajeado, em frente ao Unicshopping, a reportagem observou os pedestres por 30 minutos. Utilizaram a passarela 30 pedestres e pela rodovia atravessaram 11.
O que pode ser melhorado
– iluminação
– cobertura para dias chuvosos
– grades com espaçamento menor
A recuperação de Vanessa
Vanessa se recupera há 11 anos e três meses. Ela realiza sessões de hidro e fisioterapia semanalmente para recuperar alguns movimentos. A mãe dela, Miriam, diz que a única esperança para que ela volte a andar são as células-tronco.
A administração municipal adaptou algumas calçadas e prédios para os deficientes, mas a locomoção de Vanessa ainda é precária.
Ela cursa Psicologia na Univates e se casará em maio. A casa dela é adaptada para que consiga ser independente.