Moradores de Arroio do Meio, Lajeado e Estrela criticam os serviços prestados pela AES Sul. Eles reclamam da demora na troca dos postes de luz e da falta de qualidade no fornecimento de energia. As localidades masi afetadas são Linha Lenz e Geraldo, em Estrela; Picada Arroio do Meio, Passo do Corvo e São Caetano, em Arroio do Meio e bairro Santo Antônio, em Lajeado.
Apodrecidos pelo tempo, os postes são sustentados por fios ou por escoras de madeira, enquanto ao lado, postes de concreto estão cobertos pelo mato, aguardando a troca. Outra reclamação é o preço pago pelos consumidores no interior dos municípios, onde o fornecimento de energia é precário.
Segundo o industriário Luis Gustavo Bergjohann, morador de Passo do Corvo, o valor é muito alto. “É um absurdo, pois tenho apenas uma geladeira e uma TV em casa e pago cerca de R$ 100 por mês”, afirma.
Bergjohann diz que apesar de a AES Sul ter substituido um dos postes próximo de sua propriedade, há outros que ameaçam cair. “Ficamos com medo de sair na rua quando venta forte. Informamos a empresa, mas até agora não fizeram nada”, diz.
Segundo os moradores, a oscilação na energia elétrica queima os aparelhos eletrônicos. Em São Caetano, produtores solicitam maior força na rede há dois anos e a empresa comprometeu-se em instalar um novo transformador. “Informamos o aumento no consumo de energia, como eles exigem, mas não nos atenderam”, critica.
No domingo, no centro de Lajeado, faltou luz das 17h às 21h. Moradores tentavam informar a empresa, mas o telefone destinado às reclamações estava desligado.
A empresa informou que funcionários tiveram de podar árvores para normalizar a distribuição de energia elétrica.
Moradora teme o pior
A moradora do bairro Santo Antônio, Irma Neckel afirma que há quatro meses um poste de madeira ameaça cair sobre sua casa e a cada ventania há interrupções na energia, além de gerar faíscas nos fios.
Quatro casas podem ser atingidas com a queda de um dos postes. “Sou viúva e se o poste cair sobre minha casa, onde irei morar?”, questiona. Em duas residências foram colocadas taquaras para segurar os fios que afrouxaram com a inclinação do poste. “Tentei pregar uma madeira para segurá-lo, mas o poste continua balançando”, finaliza.
Desde 2009 a AES Sul é alvo de críticas de clientes, e de vereadores que falam do problema dos moradores. Na última sessão da Câmara de Estrela, o vereador Jaci Hauschild (PP) criticou a AES Sul por não instalar postes de concreto em Linha Lenz, que aguarda solução desde outubro de 2010, quando o material foi levado àquela comunidade.
Aloisio Mallmann (PPS) disse que a empresa espera os postes caírem para resolverem a situação, como ocorreu em São Jacó, quando caíram oito postes.