Há anos, centenas de veículos, principalmente caminhões e carretas, trafegam pela estrada geral de Picada Felipe Essig, Três Saltos Baixo, São João e Barra do Fão para desviar do pedágio mais caro do estado na BR-386 em Marques de Souza.
O fato revolta os moradores das quatro comunidades que sofrem com poeira, insegurança e buracos na estrada. Pedidos de pavimentação e instalação de redutores de velocidade nunca foram atendidos.
Para pressionar o prefeito Ricardo Rockembach a fazer investimentos ao longo dos 20 quilômetros, moradores solicitaram uma reunião para segunda-feira, às 21h, no salão comunitário de Picada Essig.
O vereador Omar Walter (PTB), coordenador do movimento, comenta que em Picada Essig mais de 80 famílias convivem com o problema e exigem uma solução imediata. Na reunião, Walter diz que as comunidades estararão presentes e exigem uma solução.
O prefeito reconhece as reivindicações e diz que no primeiro momento escutará os moradores para depois buscar alternativas e resolver a situação.
Rockembach não descarta a instalação de redutores de velocidade para dar mais segurança aos usuários.
A metade da população rural do município reside nesta área. Contudo, o prefeito considera inviável pavimentar o trecho de desvio. Ele argumenta que, se o excesso de velocidade é um problema, pavimentando-o será maior. “Todo o tráfego de veículos desviaria para não pagar pedágio”, diz.
O prefeito reconhece as reivindicações dos moradores e ressalta a necessidade da formação de uma comissão que deve ser composta por moradores e integrantes da administração para que juntos encontrem alternativas.
“Queremos uma solução urgente”
Moradores da localidade de Picada Essig exigem uma solução imediata. Revoltados, cogitam a possibilidade de bloquear a rua, se nada for feito.
O casal de aposentados, Silma e Alcídio Walter, reclama que o movimento aumentou há dois anos, quando as carretas começaram a desviar do pedágio.
Eles colocam panos nas portas para impedir a entrada de poeira. Silma diz que lava diariamente com mangueira as entradas da casa diariamente. “É horrível. Algo precisa ser feito”, reclama.
O proprietário de uma agroindústria de pepinos, Irineu Romildo Bergmann, 55 anos, comenta que o prédio da empresa tem que ficar fechado todo o dia para não entrar poeira, atrasando o trabalho.
Bergmann critica o excesso de velocidade de alguns motoristas e solicita maior fiscalização da Brigada Militar (BM).
O agricultor Rudi Walter Hoose, 60 anos, diz que a melhor solução seria o asfaltamento do trecho e a colocação de redutores de velocidade. Ele declara que, se nenhuma providência for encontrada, a comunidade bloqueará a rua como protesto.