Casamento e début comunitários movimentam o bairro Conservas

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Casamento e début comunitários movimentam o bairro Conservas

No sábado, o ginásio muni­cipal do bairro Conservas será palco da celebração de oito matrimônios e da festa de début de oito meninas. To­dos são moradores do local que tem aproximadamente 3,7 mil habitan­tes. Os participantes são beneficia­dos por uma ação do Programa de Prevenção à Violência (PPV). A ideia partiu de Cristiano Wendt, ex-enfer­meiro do posto de saúde do bairro, e foi desenvolvida pelo poder público e comunidade. São esperados cerca de 450 convidados.

casamentoO casamento comunitário inicia-se às 16h, seguido de um coquetel às 18h. Após, é a vez do baile de debu­tantes a partir 19h30min. A partir das 10h de sábado, ocorre o desfile das debutantes desde o bairro até as ruas centrais do município. A partir de sexta-feira, as participan­tes terão momentos para cuidar dos cabelos e maquiagens e dar os últimos retoques nas vestimentas.

As ações idealizadas pelo PPV foram denominadas: Um Sonho por Conservas – début, e União por Conservas – matrimônios. Para viabilizá-las, o município ofereceu cerca de R$ 10 mil. Os investimentos incluem a decoração do ginásio, do­cumentação para o casamento e um coquetel oferecido aos familiares das debutantes e dos noivos. A Secretaria de Cultura e Turismo (Secultur) pro­videncia a sonorização da festa.

O evento conta com a participa­ção de autoridades, representantes da associação de moradores, posto de saúde e da Escola João Bosco. Para garantir a presença de familia­res, cada casal recebeu 18 convites e cada menina 19. Após o baile das debutantes, a festa será aberta para a comunidade.

Margarete de Fátima Miorando é uma das noivas e considera o even­to a realização de um sonho. “Estou feliz, sempre quis casar”, conta. Aos 30 anos de idade, ela namora há sete anos e meio e tem uma filha de 3 anos. “Depois do nascimento, tinha desistido de casar. Mas, como surgiu esta oportunidade, vamos aproveitá-la”, conclui.

“É importante que todos se sintam valorizados”

O noivo Dioni Martins mora com Cassiana Alves há cerca de 17 anos. Nascido e criado no bairro Conservas, ele acredita que a opor­tunidade garante mais segurança aos quatro filhos e um documento importante para financiamentos e demais trâmites legais. “Acho ótima a ideia do PPV e penso que ela poderia ser estendida a outros bairros. Dividindo custos e forma­lizando as relações todos se benefi­ciam”, afirma.

Carlos Adriano Huber, presiden­te da associação de moradores do bairro Conservas, conta que ini­cialmente seriam 21 casais que participariam da cerimônia. No entanto, devido aos problemas com a documentação e registro dos nascidos em outras cidades, este número foi reduzido para oito.

Ele diz que pela variedade de reli­giões dos noivos, “não seria possível para um padre realizar uma espécie de bênção geral que valesse como o sacramento”. Mesmo assim, o ma­trimônio foi validado no cartório civil. Na ocasião, os homens vesti­rão ternos e smokings emprestados e as mulheres receberam descontos no aluguel dos vestidos de noiva.

A jovem Bruna Bianca Alves foi influenciada pelas amigas que também pretendem debutar no evento promovido pela prefeitura. “Estou feliz, porque é uma coisa que se pode fazer apenas uma vez na vida”, declara.

Huber destaca o apoio das lojas Estilo Próprio, Chique Bela e Ponto Alto pelo empréstimo de vestuário e o salão Perfil da Beleza pela aju­da com a preparação de penteados e maquiagem. O Posto Giovanella contribuiu para as camisetas que as moças vestirão no desfile pela cidade destacando a ação social.

Ação será estendida a outros bairros

A coordenadora geral do PPV em Lajeado, Maristela Neumann, da Secretaria da Saúde (Sesa) agradece a adesão das empresas que contribuíram para viabilizar o projeto e diz que nos pró­ximos anos outros matrimô­nios coletivos serão realiza­dos em bairros carentes.

Segundo ela, a escolha das debutantes é realizada por fatores de rendimento na escola, frequência no posto de saúde e indicações de membros da comunida­de. “Eventos assim são im­portantes para que as pes­soas se sintam valorizadas, integradas na comunidade e reforcem os vínculos com a sua cidade”, afirma.

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