O Programa Estratégia de Saúde da Família, implantado há quase cinco anos, deixou de funcionar desde sexta-feira, dia 10. O motivo da extinção é a falta de médico para assinar as responsabilidades técnicas e fazer os atendimentos domiciliares.
A secretária da Saúde, Heide Grunewald, diz que recentemente foram realizados dois concursos públicos, mas nenhum médico se inscreveu. Trabalhavam no atendimento domiciliar, seis agentes de saúde que visitavam todas as famílias uma vez por mês. Mesmo sendo concursadas, as agentes serão exoneradas do cargo público, atendendo à legislação do programa.
A secretária antecipa que está em andamento um outro sistema de atendimento – Programa Municipal de Atenção Básica Integral à Saúde. Para a viabilidade, serão contratados de forma emergencial médico e enfermeira que farão visitas domiciliares às 240 famílias que necessitam de atendimento particular.
“Queremos ser atendidos em casa”
Os agricultores Neli, 67 anos, e Ademar Storck, 69 anos, da Vila Storck reprovaram a decisão da administração e dizem que temem ficar sem atendimento médico, já que no posto de saúde o número de fichas é limitado. Neli que faz tratamento contra osteoporose diz que a extinção do programa ocorreu por falta de vontade do prefeito em contratar um médico. “Só aqui em Forquetinha não conseguem. Acho que foi mais uma questão política”, lamenta.
Câmara aprova extinção
Com voto de minerva da presidente Inês Feil (PP) o projeto de extinção foi aprovado. Aldinha Schmitz (PTB) votou contra a matéria, alegando que o município deixaria de receber verbas federais e a comunidade ficaria sem os atendimentos. Ele argumentou que houve falta de vontade do Executivo para encontrar profissionais. “Encontrariam médicos dispostos se quisessem. No Simers há profissionais que estão à procura de trabalho”, critica.
Paulo Lenhardt (PMDB) lembrou que o acompanhamento dos agentes comunitários era fundamental às famílias, principalmente para as pessoas idosas que não estavam tomando corretamente os medicamentos.
Em defesa do Executivo, Gerson Drebes (PSDB) destacou que as famílias não deixarão de ser atendidas, mas sim que o atendimento será acompanhado por profissionais qualificados. Ele diz que as agentes não tinham conhecimento para executar a função.