Feira conquistará novos mercados

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Feira conquistará novos mercados

A mudança da paisagem rural chama a atenção de quem viaja pelo mu­nicípio. Há pouco tem­po as lavouras eram cultivadas com produtos tradicionais, como soja e milho.

Há dois anos, estufas para produção de flores surgem como alternativa para diversificar a economia que era dependente do setor calçadista.

floresPara fortalecer a cadeia pro­dutiva, divulgar a atividade e abrir mercados, a administra­ção em parceria com os produ­tores organiza uma feira para setembro de 2011.

O coordenador, Fabrício Ren­ner, diz que as primeiras reuni­ões para definir os detalhes do projeto ocorrerão logo. “Será um incentivo para qualificar e au­mentar a produção”, prevê.

Conforme o secretário da Agri­cultura, Fabiano Immich, a área cultivada é de 13 mil metros qua­drados, gerando uma produção anual de 196 mil vasos. “Temos nove famílias que trabalham na atividade e que abastecem par­te das floriculturas do Vale do Taquari e da região metropolita­na”, informa.

Immich diz que os produtores recebem auxílio da administra­ção para a realização de terraple­nagens, aquisição de crédito ban­cário e de licenças ambientais, quando estas são necessárias. “A atividade permitiu o surgimento de novos e jovens empreendedo­res no meio rural e diversificou a economia”, confirma.

Um negócio que deu certo

O empresário Gilberto Fröehlich é o maior produtor da cidade e produz por semana cerca de três mil vasos com flores de diversos tamanhos, que são vendidos para diferentes estados do país, em pre­ços que variam de R$ 2 a R$ 5.

Fröehlich diz que a demanda é maior do que a produção. “Te­nho duas estufas e construirei mais uma. Foi um negócio que deu certo”, avalia.

Ele frisa que a feira será uma forma de conseguir no­vos mercados. “Teremos opor­tunidade de divulgar nosso produto e aumentar nossos clientes”, destaca.

Espaço para crescer

O presidente da Associa­ção dos Produtores e Co­merciantes de Flores e Plan­tas Ornamentais do Vale do Taquari (Aflovat), Rudimar Hauenstein, disse que a pro­dução de plantas ornamen­tais tem espaço para crescer na região. “O mercado existe e, hoje, as flores são trazidas de fora, quando poderiam ser produzidas aqui.”

Para o diretor de Marke­ting do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), Walter Luís Winge, as flores transformam-se numa fonte de emprego e lucro para o agronegócio gaúcho.

Ele ressalta que o estado é um dos principais consu­midores de flores e plantas ornamentais do país. “Nos­so consumo per capita/ano é de R$ 30 e no restante do Brasil é de apenas R$ 6”, informa.

Winge destaca que o es­tado produz apenas 35% do que consome e compra os outros 65% de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro.

Para ele, a floricultura pode vir ser a opção para romper com a monocultu­ra em algumas regiões. “O cultivo de flores pode ser uma alternativa à soja e ao fumo”, diz.

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