Chuva ameniza estiagem, mas preocupação segue

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Chuva ameniza estiagem, mas preocupação segue

Os temporais que atingiram a região na terça-feira foram insuficientes para reverter danos causados pela estiagem. A fal­ta de chuva e as altas temperaturas das últimas semanas preocupam os produtores.

É cedo para estimar perdas, mas se sabe que as condições meteoroló­gicas podem comprometer a safra, caso o volume de chuvas não au­mente logo e significativamente. A situação transtorna os produtores desde outubro, quando o índice não passou de 60 milímetros.

estiagemEm novembro, o problema segue. Segundo a meteorologista Estael Sias, da Central de Meteorologia, o mês deve ter apenas dez dias de chuva e não será em grandes volumes, como é característico em anos de La Niña.

De acordo com Juliana Tomasini, do Centro de Informações Hidrome­teorológicas da Univates de Lajeado, o volume de chuvas não passou de 25 milímetros esta semana. “Em outubro, choveu 60% a menos que o esperado. A tendência é de que os volumes continuem baixos”, diz.

A previsão é de novas pancadas de chuva na terça-feira. O volume não deve passar de dez milímetros.

Plantio retomado

Com a chuva muitos agricul­tores retomaram o plantio. Lauro Baum, 45 anos, de Forquetinha, aproveitou a umidade do solo para finalizar a semeadura do milho que este ano ocupará seis hectares e será destinado para a confecção de silagem.

Esperançoso, Baum acredita que, se a chuva se mantiver cons­tante, será possível obter uma boa produção. “Sem chuva, os prejuí­zos serão inevitáveis”, calcula.

Pastagem secou

O agricultor Joel Lauro Brandt, 19 anos, de Marques de Souza, registra uma queda de 40% na produção de leite depois que a pastagem secou. “Ficamos sem pasto e tivemos que vender va­cas”, conta.

Para impedir nova queda na produção, Brandt aumentou o con­sumo de ração. “Os lucros estão cada vez mais reduzidos. Se não chover nos próximos dias, teremos que parar de produzir”, prevê.

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