As mudanças realizadas em fevereiro no trânsito central da cidade ainda preocupam. Foram instalados novos semáforos em oito pontos, distribuídos nas avenidas Benjamin Constant e Senador Alberto Pasqualini. Nestes locais, são frequentes os flagrantes de motoristas desrespeitando o sinal, acarretando duas infrações gravíssimas: deixar de dar passagem para pedestres na faixa de segurança, e o avanço no sinal vermelho.
O diretor do Departamento de Trânsito, Luis Felipe Finckler, reconhece o problema, mas diz que o número de infrações baixou em relação aos primeiros meses do ano. Ele informa que, em março, um mês após as mudanças no trânsito, foram 247 multas registradas. “Realizamos um trabalho intenso de conscientização. Infelizmente, grande parte dos motoristas precisa de multa para aprender”, diz, acrescentando que hoje o número de multas não chega a 20 por mês para esse tipo de ocorrência.
Finckler diz que não será feito nenhum trabalho específico nas sinaleiras, mas que todos os agentes de trânsito estão orientados a autuarem motoristas que desrespeitarem os semáforos. “Mas, não temos efetivo para ficar o dia inteiro cuidando apenas desse problema”, diz. O diretor informa que foram feitas, recentemente, novas pinturas nas principais faixas de segurança, a fim de diminuir o risco aos pedestres.
Multa pode ser dobrada
De acordo com o Código Nacional de Trânsito, a infração para quem passar no sinal vermelho é gravíssima com multa de R$ 172,99. O mesmo vale para quem deixar de dar passagem aos pedestres que estejam na faixa de segurança.
Insegurança confirmada
Na tarde de quinta-feira, 15 pedestres foram questionados sobre as faixas de segurança nas principais vias da cidade. Do total, 12 garantiram que se sentem inseguros ao cruzarem ruas e avenidas. Uma delas é Ivania Lopes, moradora do centro. Ela diz que o movimento é intenso e que a grande maioria dos motoristas não respeita os pedestres. “Difícil lembrar alguém que me deu passagem. E muitos forçam para que a gente corra”, reclama.
Cláudio Horn sente-se inseguro no trânsito lajeadense e afirma que quase foi atropelado. “Se não estivesse esperto, eles teriam me pegado”, diz. Ele afirma que o desrespeito maior parte dos motociclistas, e que a administração municipal deveria repensar a colocação das faixas. “Em alguns pontos, o fluxo de veículo nunca para”, diz.