Falta de tolerância para motoboys gera polêmica

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Falta de tolerância para motoboys gera polêmica

Com 3,5 mil novas motocicletas em 2010, a cidade co­meça a lidar com um novo problema. A falta de estacionamento para esses veículos. Como não pagam pelo estacionamento rotativo, há, principalmente na área central de Lajeado, vagas específicas para motos. No entanto, motoboys que­rem tolerância de cinco minutos para estacionar em qualquer ponto, só para realizar entregas e recolhi­mentos de encomendas.

O projeto de lei encaminhado por Lorival Silveira (PP) que aten­de à reivindicação dos motoboys, não foi à votação. Seu colega de bancada, Círio Schneider, pediu vistas ao projeto. Na saída do ple­nário, disse que havia agido de tal forma após receber telefonema da União das Associações de Mora­dores de Bairros de Lajeado (Uam­bla), responsável pela cobrança do estacionamento rotativo. Ao final, sofreu cobranças dos motoboys e garantiu que o projeto será votado na terça-feira.

motoboysPresente na sessão, Patrick Barbosa, que é gerente de uma empresa de tele-entregas, disse que a proibição do estacionamento em diversas vias da cidade, em especial a rua Júlio de Castilhos e as avenidas Benjamin Constant e Alberto Pasqualini, acarreta preju­ízo para sua empresa. Segundo ele, quando é possível estacionar em frente ao estabelecimento, o ser­viço não passa de cinco minutos. “Mas, como não há vagas, perde­mos de 15 a 20 minutos a mais com cada entrega. Ou isso, ou corremos risco de multas”, analisa.

Barbosa lembra que várias foram as exigências para que seus funcionários seguissem trabalhando. Entre elas, a colo­cação de faixas luminosas nos equipamentos de segurança, entre outras adequações. “Agora que nos adequamos querem nos tirar o direito de trabalhar. Daqui a pouco vou trocar as motos por bi­cicletas”, ironiza, acrescentando que uma manifestação envolven­do trabalhadores do ramo deverá ser organizada caso não haja uma solução breve.

Lajeado com 600 vagas para motos

Além dos motoboys, os usuários comuns de motocicletas reclamam do pouco número de vagas e co­bram soluções do Departamento de Trânsito. O diretor de trânsito, Luis Felipe Finckler, esclarece que, no último mês foram instaladas mais 50 novas vagas, totalizando 600 em todo o município. Para ele, o problema é a falta de rotatividade dos veículos estacionados nesses locais. “Diferente do que ocorre no rotativo, os motoristas deixam seus veículos o dia inteiro no mesmo local”, diz.

Fincler afirma que, por en­quanto, não serão instaladas novas vagas. Ele diz que isso implicaria em menos espaço para os automó­veis. “Não posso solucionar um problema criando outro”, salienta. Segundo o diretor, só em outubro foram 31 motocicletas autuadas após estacionarem em local proibi­do. A maioria foi registrada na rua Alberto Torres, centro da cidade, e o restante nas demais transversais.

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