Padre lajeadense  é mutilado em  Santa Catarina

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Padre lajeadense é mutilado em Santa Catarina

A polícia de Santa Catarina investiga o caso da mutilação dos testículos de Roque Gabriel, um ex-padre de 61 anos, natural de Lajeado (atualmente Nova Santa Cruz – Santa Clara do Sul) que atuou nos vales do Taquari e do Rio Pardo. De acordo com nota divulgada à imprensa, o fato ocor­reu no fim da tarde de domingo, na Praia da Meta, em Balneário Arroio do Silva.

Hoje, Gabriel mora em Porto Alegre, onde ajuda a cuidar de um orfanato que abriga 48 crianças. Na sexta-feira, ele teria ido visitar um amigo na localidade onde costumava passar as férias.

O ex-padre declarou inicialmente que teria sido vítima de um assaltado, depois que foi atacado por um casal armado e encapuzado. Ele disse que foi agredido pela sua posição sobre a homossexualidade. Gabriel passou por uma cirurgia e segue internado no Hospital de Araranguá, em Santa Catarina. Ele será ouvido pela polícia assim que receber alta.

Em relato ao jornal Correio do Sul, de Sombrio,em Santa Ca­tarina, um vizinho con­tou que ele chegou nu em sua casa pedindo por socorro. Segun­do ele, o pênis e os testículos foram cortados por uma faca e jogados no vaso sanitário do imóvel. Na manhã de ontem, Jor­ge Giraldi, delegado responsável pelas investigações, acompanhado de agentes da Polícia Civil loca­lizaram os testículos de Gabriel boiando em uma fossa séptica nos fundos da casa de praia.

Giraldi disse que a polícia trabalha com a hipótese de auto­mutilação, pois não há indícios de arrombamento, assalto ou algo que comprove a versão dada pelo ex-padre. Ele não tem ferimentos que indicariam luta corporal con­tra os supostos agressores.

Os materiais usados para retirar os testículos foram encontrados no quarto de Gabriel. Entre eles, uma faca de cozinha, curativos, álcool em gel, seringas e cartelas de me­dicamento contra dor. Conforme o delegado, a polícia apreendeu com o material, uma espécie de tapa sexo que costuma ser utilizado, geralmente por travestis, para esconder o pênis.

Entre 2002 e 2003, Gabriel foi capelão do Hospital Santa Cruz (HSC). Conforme a arquidiocese de Porto Alegre, Roque Gabriel está afastado da igreja há qua­tro anos e impedido de realizar qualquer prática religiosa devido a um suposto envolvimento em denúncias de pedofilia. No entanto, de acordo com informações do Correio do Sul, a polícia encontrou na casa uma batina, cálice, vinho e hóstias.

Segundo o arcebispo de Porto Alegre, dom Dadeus Grings, a idade psicológica do padre não passa de dez anos.

Família desolada na terra natal

O irmão Pedro Francisco Gabriel, 58 anos, que mora em Nova Santa Cruz, em Santa Clara do Sul, diz que ele esteve na cidade, visitando amigos e parentes, na semana passada. A notícia foi recebida com surpresa. “Ficamos desolados. Graças a Deus ele passa bem e em breve estará recuperado”, diz. A família não acredita na hipótese de automutilação.

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Roque Gabriel é o sétimo filho de uma família de dez irmãos. Foi ordenado padre em 10 de dezembro de 1988 pelo bispo dom Cláudio Colling, arcebispo de Porto Alegre. Rezou a primeira missa em 11 de dezembro de 1988, na capela Nossa Senhora de Fátima em Nova Santa Cruz, em Santa Clara do Sul. Ele está afastado das funções do sacerdócio há quatro anos por denúncias de pedofilia ainda não confirmadas.

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