Após dois anos, testemunhas e envolvidos no crime eleitoral, envolvendo o ex-vereador Márcio Klaus são ouvidos para o processo criminal. A audiência foi reservada para preservar as 18 pessoas que depuseram.
Na lista, estão incluídos proprietários de empresas da região, das quais conforme as investigações, Márcio Klaus favoreceu ou adquiriu produtos para a compra de votos da campanha eleitoral municipal de 2006. E no banco dos réus, além de Márcio Klaus, estavam os seus cabos eleitorais.
Klaus ficou preso durante nove dias, depois de uma denúncia do Ministério Público à Justiça Eleitoral. Oito escutas telefônicas, autorizadas judicialmente, foram gravadas durante a campanha e serão provas do crime.
Mesmo com as acusações o ex-vereador foi o sétimo mais votado no município com 1,2 mil votos, mas não pôde assumir o cargo de vereador porque foi condenado em primeira instância por captação ilícita de votos e uso irregular de telefone público.
O julgamento não está marcado. A juíza Carmem Barghouti, responsável pelo caso, avaliará os depoimentos. Klaus poderá ser condenado a até quatro anos em regime aberto.
Como não tem condenações criminais anteriores, e os crimes não foram praticados com violência, a pena poderá ser substituída por uma alternativa, como prestação de serviços para comunidade.
A condenação deixará o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Lajeado inelegível por três anos após o cumprimento da pena e impedido de votar.
Lembre do Caso Klaus
Em 22 de setembro de 2006, Ministério Público e Brigada Militar uniram-se em busca de soluções contra o crime eleitoral, na Operação Higia II que envolveu 45 policiais.
Foram expedidos por juízes, oito mandados de apreensão contra Márcio Klaus. Acusado de compra de votos e uso do telefone público para campanha, o vereador foi preso no dia 26 e só ficou em liberdade no dia 5 de outubro, após o término das eleições.