Primavera terá chuvas acima da média

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Primavera terá chuvas acima da média

chuvaA estação das flores que se inicia ama­nhã, dia 23, co­meça com alerta para tempestades com muita chuva e possibilidade de granizo e vendavais. O risco maior é para hoje e sexta. Os volumes de chuva poderão passar de 200 milímetros em algumas regiões. Conforme a Metsul Meteorologia, faltan­do dez dias para terminar o mês, grande parte do estado apresenta volumes acima da média histórica de setembro. Os mais altos concentram-se no Centro e no Oeste do esta­do, onde algumas localidades registram entre 200 e 300 milímetros de precipitação neste mês. Alegrete acumula 272 milímetros e São Borja 226 milímetros.

Segundo o meteorologista Luiz Fernando Nachtigall, não se descarta possibilidade de enchentes para o período como ocorreu nos anos de 1954, 1955, 1965, 1975, 1988 e 1996. “A boa notícia é que o tempo deve firmar na sexta-feira”, diz.

Nachtigall conta que a primavera é o período mais chuvoso do ano no estado, por isso, apesar do La Niña, as precipitações ocorrerão frequentemente e temporais ocorrerão.

Conforme o Centro de Informações Hidrometeo­rológicas da Univates de Lajeado, até as 17h de ontem choveu 38 milímetros na cidade, correspondendo a 25% da média do mês que é de 150. O volume de chuva acumulado até o momento é de 210 milímetros, 40% acima do que deve chover ao longo de todo o mês.

Estiagem

O La Niña atua desde o mês de agosto. A previsão é de que atinja a máxima intensidade entre outubro e dezembro com consequên­cias no verão. A estiagem terá início pelo oeste do estado, áreas mais próximas da Argentina e há risco de seca no verão.

Após o período de chuvas ,os produtores deverão inten­sificar o plantio de milho, feijão e pastagens de verão que estavam atrasadas em virtude da pouca umidade do solo.

O engenheiro agrôno­mo Nilo Cortez diz que as chuvas serão benéficas. A estimativa é de que nesta safra sejam semeados 85 mil hectares de milho, 5% a menos do que na passa­da. No caso da soja, a área cultivada deverá aumentar 10%, chegando a 10 mil hectares. Após o retorno das precipitações e de condições meteorológicas adequadas, o desenvolvimento das lavou­ras de trigo e canola melho­rou, apresentando áreas em fase inicial de enchimento de grãos. “Percebe-se que as áreas em espigamento e floração têm alto potencial produtivo e boa sanidade”, observa.

A implantação de pas­tagens anuais de verão é intensificada com a volta das chuvas. Além das pas­tagens, para complementar a alimentação dos animais, os produtores utilizam silagem e rações. “A expectativa é de uma boa safra, se as condições meteorológicas se confirmarem”, finaliza.

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