Um esgoto corre a céu aberto nos fundos das casas da rua Germano Hasslocher, no bairro Oriental, e moradores reclamam do mau cheiro. “É vergonhoso isso aí”, aponta o eletricista Pedro Lamiro Schmitt, 59 anos, mostrando a água suja que sai dos canos direto no solo. Morador daquela rua há 30 anos, ele calcula que há 20 reivindica a canalização.
Quando chove, o esgoto transborda, e a água chega aos quintais das casas. Em dias mais quentes o cheiro ruim acentua-se, e a família de Schmitt precisa fechar as janelas da casa para almoçar sem senti-lo.
O vereador Joel Mallmann (PSB) encaminhou à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Saneamento Básico um pedido de instalação de uma miniestação de tratamento de esgoto no local. Segundo ele, a secretária Ângela Schossler alegou que a prefeitura não pode prestar esse serviço, pois a câmara rejeitou os projetos para a municipalização da água.
Na resposta, ela informou sobre um diagnóstico dos pontos críticos de esgoto in natura no município. O que passa nos fundos da casa de Schmitt está incluído nesse levantamento.
“Até o momento, a municipalização da água não ocorreu, mas em alguns lugares fizeram canalização e a construção de miniunidades de tratamento”, lembra o vereador. Ele acrescenta que persistirá nessa solicitação e não descarta acionar o Ministério Público (MP).
O vereador garante que, no ano passado, antes do município começar a discutir a municipalização da água, a obra foi prometida. “Exigiremos essa melhoria, seja de forma pacífica ou turbulenta”, conclui.
Secretária não descarta a obra
O estudo feito pela secretaria apontou mais de 50 pontos onde há esgoto correndo a céu aberto. Ângela lembrou que a administração trabalhou por meses pela municipalização da água e como ela não ocorreu, voltou ao antigo ritmo de planejamento. “Agora, temos que aguardar dentro do nosso cronograma de atividades e dentro da situação financeira do município. Mas essa obra entrará nesse planejamento”, garante. Ela não determina um prazo para a realização da obra.
De acordo com Ângela, o município estuda os próximos passos para assumir o abastecimento e o tratamento da água. “Continuamos na busca de ferramentas para a municipalização”, diz, lembrando que esse processo será demorado.