Asfalto malfeito tornou-se problema

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Asfalto malfeito tornou-se problema

Andar de carro pelas vias as­faltadas da ci­dade tornou-se um desafio. A quantidade de buracos e de desníveis preocupa a comunidade e foi assunto na câmara de vereadores. O proble­ma pode ser verificado nos principais acessos ao município, como a Av. Benjamin Constant, as ruas Bento Rosa, Carlos Spohr Filho, e em vias de intenso fluxo, como a Av. Sete de Setembro, a rua João Abott e o trecho da Av. Alberto Pasqualini, localizado entre o trevo de acesso à cidade e ao campus da Univates.

buracoPara o engenheiro civil, Ivanio Faria, especializado em engenharia rodoviária, uma das possíveis causas para os constantes defeitos pode ser a forma como os primeiros revestimentos asfálticos foram executa­dos. Segundo ele, antes de se iniciar a colocação da camada asfáltica sobre o calçamento existente, é preciso que o mesmo esteja adequadamente compactado a fim de evitar que, com o tráfego, ele se deforme e rompa, oca­sionando fissuramentos, buracos e desníveis.

Segundo ele, isso não foi observado, quando foi executado os primeiros capeamentos em Lajeado. “Lembro que a primeira via foi a rua Bento Gonçal­ves, feita com revestimen­to betuminoso executado com uma mistura usinada a frio, lançada após a im­plantação de uma rede de água, com reaterros mal compactados e calçamento não consolidado. Isso pode ser atribuído à falta de experiência com serviços dessa natureza”, diz.

Controle de qualidade

De acordo com Faria, embora os pri­meiros revestimentos asfálticos tenham sido executados há quase 20 anos, observavam-se problemas antes da obra completar quatro anos. Ele diz ter sido consultado, tão logo os primeiros defeitos surgiram, e na época apareceram ações a fim de controlar a qualidade, tanto no aspecto geométrico (espessuras) quanto no tecnológico (usinagem da mistura, transporte, espalhamento e compacta­ção). “Entretanto, nenhuma de minhas sugestões foi implementada”, diz.

Ele diz que depois de alguns erros adotou-se o procedimento adequado e cita que a Av. Alberto Pasqualini, na entrada da cidade, entre o trevo da BR-386 e o entroncamento com a rua Júlio de Castilhos, foi uma das primeiras vias a receber previamente uma camada de regularização para corrigir deformações preexistentes e garantir uma espessura mínima da capa asfática, de acordo com as especificações. Faria lembra dos problemas provenientes de infiltrações oriundas de tubulações e afirma que ainda persiste a deficiência da administração no controle tecnológico.

Preços e medidas

Com R$ 965 mil orçados para capea­mentos asfálticos em 2010, diversas ruas receberão pavimentação este ano. Se­gundo Lopes, os contribuintes pagarão, em média, R$ 85 pelo metro quadrado dessas obras. “Isso inclui asfaltamento, a colocação de meio-fio, canalização, boca-de-lobo e sinalização”, diz. O se­cretário informa ainda que o asfalto tem uma espessura de 15 centímetros de base e mais quatro de capa asfáltica. “Tudo feito com brita granulada”, completa.

Desgaste natural do asfalto

Para Lopes, os buracos nas vias são consequências de um desgaste natural da capa asfáltica colocada sobre o pa­ralelepípedo. Ele diz que nas principais vias, onde o proble­ma é verificado, esse processo foi realiza­do há mais de 15 anos. “Infelizmente, o material não dura para sempre. E isso não ocorre apenas em Lajeado, mas em qualquer lugar onde há asfalto”, diz. Segundo Lopes, em 2007, foi colocada uma nova lama as­fáltica nos pontos mais críticos e que o mesmo processo está programado para o próximo ano na Av. Benjamin Constant e na rua João Abott. Lopes informa ainda que, a partir de hoje, a secretaria iniciará um trabalho intensi­vo de tapa-buracos nas principais ruas e avenidas da cidade.

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