Na quinta-feira, a Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), Associação dos Secretários da Agricultura dos Municípios do Vale do Taquari (Asamvat), Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat) e a Univates realizam um encontro com os representantes dos 36 municípios da região. A adesão ao Programa oficial europeude erradicação de tuberculose e brucelose do Ministério da Agricultura será debatida. Ele integra o Projeto Vale dos Lácteos, a ser lançado na ocasião. A atividade ocorre das 9h30min às 15h30min, no auditório do prédio 11 da Univates, com almoço às 12h. Participam autoridades regionais agroindústrias, transportadores, STR, Emater/Ascar, Conselhos Agropecuários, inseminadores, veterinários, agrônomos, entre outros.
O evento faz parte do Programa de Desenvolvimento da Agropecuária do Vale do Taquari – segmento leite. O objetivo é implementar sua segunda fase com base nos princípios da Carta de Galícia 2010. O documento foi elaborado após a visita de autoridades regionais e representantes do setor a produtores de gado e leite daquele estado espanhol. O local é referência mundial em qualidade e responsável por 45% da produção leiteira do país. Entre os temas abordados no evento estão sanidade, manejo dos animais e da propriedade, genética e políticas públicas municipais. Outro objetivo é a definição de um plano de saneamento para a região.
Oreno Ardêmio Heineck, coordenador do programa, pela Univates, afirma que a região, devido ao modelo aqui proposto de qualificação e de organização da cadeia do leite, torna-se uma das referências do setor no país. Municípios e empresas buscam alternativas para tornar o produto competitivo e o mercado sólido para investimentos. “Para tanto, devemos criar um padrão de qualidade e de organização. Isso transformará a produção regional e estadual em referência dentro e fora do Brasil, alargando substancialmente esses mercados para os lácteos”, defende.
Segundo ele, ações como as análises mensais de amostras de leite, para acompanhar qualitativamente a matéria- prima produzida individualmente, devem ser viabilizadas e expandidas. Isso servirá de parâmetro para a produção e criação de um sistema organizado e transparente. “Uma forma de qualificação internacional, tal como ocorre com o frango e o suíno”, cita. Para Heineck, a tecnologia e a qualificação de todos os elos da cadeia leite, do produtor às agroindústrias, garantem a permanência do jovem no campo e o aumento do faturamento das propriedades rurais.
“A presença de todos que integram a cadeia produtiva é fundamental para que seja definido como o setor encarará os desafios que se apresentam. O controle da tuberculose e brucelose bovina é o primeiro passo para incentivar a exportação de carnes e lácteos, o resto será definido de acordo com a discussão proposta no evento”, conclui.
Programação:
9h30min – Recepção e inscrições.
10h – Apresentação, discussão e formalização do Programa de Desenvolvimento da Agropecuária do Vale do Taquari – segmento leite – Lançamento do Projeto Vale dos Lácteos.
12h – Almoço.
13h30min às 15h30min – Discussão e elaboração de plano de saneamento do Vale do Taquari, por município e por propriedade rural, com certificação oficial do Mapa como livres de brucelose e tuberculose bovina. Estarão presentes: representantes do Ministério da Agricultura (Brasília e Porto Alegre), da Secretaria Estadual da Agricultura, do Fundesa e do Ministério Público Estadual. A presença destas autoridades, principalmente do Coordenador do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose, do Mapa.