A comissão processante entregou, ontem, ao vereador Flávio Bruch (PP) o parecer final do processo de cassação em que ele é acusado pelo secretário de Obras, Carlos Castro, de falta de decoro parlamentar na sessão do dia 10 de junho. Segundo o presidente Lairton Heineck (PP), a comissão reuniu-se na última semana e decidiu manter o processo. Contudo o presidente do Legislativo, Rodrigo Wommer (PP), marcará uma sessão extra de julgamento na qual todos os vereadores terão o direito de votar e 15 minutos cada para falar sobre o caso. O acusado terá duas horas.
Bruch diz que se sentiu injustiçado pelos colegas e que pediu desculpas ao secretário. “Agora não adianta chorar pelo leite derramado, veremos o que acontecerá”, constata. Ele lembra que ouviu em sessões de outras cidades os vereadores usarem palavraslavras de baixo calão, mas que com o bom senso dos colegas nada aconteceu. “Sempre trabalhei duro. Não vou parar, meus filhos aprenderam comigo e continuarão meu trabalho”, diz.
Entenda o caso
Na sessão do dia 10 de junho, Flávio Bruch ofendeu o secretário de Obras, Carlos Castro que o processou por falta de decoro parlamentar. Após, formou-se uma comissão processante: Lairton Heineck, presidente; Ivo Pavi, secretário; Aline Röhrig, relatora. A comissão analisou o caso e com oito votos a favor dos vereadores iniciou o processo. Depois foram ouvidas as testemunhas de defesa, e a comissão determinou a continuidade do processo.
Sessão de julgamento
Segundo Wommer, a data da sessão de julgamento é indefinida, mas será nos próximos 15 dias. Após a leitura do processo e a explanação dos vereadores e do acusado inicia-se o voto secreto. Com seis votos a favor o presidente expede um decreto legislativo de cassação de mandato. Prosseguindo convoca o suplente Luis Paulo Lucian (PP) para tomar posse na sessão seguinte. Do contrário o processo será arquivado.