Uma reunião entre os vereadores de Lajeado e o diretor do Departamento de Trânsito do município, Luis Felipe Finckler, quase acabou em briga. O fato ocorreu antes da última sessão, e segundo testemunhas, não houve agressão física por intervenção de terceiros. Segundo Finckler, Lorival Silveira (PP) disse que o “departamento tinha virado uma indústria de multas”. “O Lorival (Silveira) se precipitou. As multas diminuíram de 480 por mês para 140. Vou repassar isso a eles amanhã. Tivemos uma redução de 70% nos registros de multas e isso comprova o benefício da mudança”, argumenta. Segundo Finckler, não houve agressões físicas, apenas divergências de ideias e de pontos de vistas. Ele reconhece que há alguns problemas no novo trânsito e que os mesmos estão sendo resolvidos. “Mas não podemos negar que as mudanças foram boas e beneficiam toda comunidade”, afirma.
De acordo com Silveira, o papel do vereador é cobrar da administração as necessidades repassadas pela comunidade. “Mas acredito que é preciso pessoas equilibradas na administração, para que possam absorver as críticas”, afirma. Sobre as declarações de Finckler, de que teria acusado o departamento de ser “uma indústria de multas”, o vereador diz que apenas questionou assuntos pertinentes ao trânsito, mas durante a sessão, provocou o desafeto. “Vou ter que fazer seguro de vida para falar desse assunto”, diz, admitindo que agressões não ocorreram por detalhes. O outro envolvido na discussão, Waldir Blau (PP), diz que apenas comentou sobre multas e recolhimento de veículos no novo trecho de mão-inglesa da rua Júlio de Castilhos. Segundo o progressista, as placas não informavam corretamente os estacionamentos no momento da aplicação das infrações. Questionado sobre o assunto, Blau preferiu não se manifestar.
O que dizem as testemunhas
Um funcionário da câmara disse ter ouvido do diretor de Trânsito que “Lorival teria estragado sua vida com esse tipo de acusação, e que inclusive sua família sofreu com manifestações a respeito disso”. Outro funcionário, que também preferiu manter o nome em sigilo, diz ter ouvido de Finckler que ele “pediria demissão do cargo”, e que Blau anunciou “saber de muita coisa, e que estava na hora de falar”. Nenhum dos envolvidos comentou sobre essa