Lajeado –Após reuniões envolvendo administração municipal, Companhia Rio-Grandense de Saneamento (Corsan) e Ministério Público, agora depende da comunidade do bairro Cohab Moinhos fazer sua parte e garantir os benefícios oferecidos para se interligarem à ETE. O prazo estipulado para que os moradores solicitem a visita da equipe da Corsan, que está fazendo as medições necessárias para instalação de canos, encerra-se na sexta-feira, dia 30, e só quem solicitar até essa data terá isenção de nove meses na tarifa, pagará R$ 7 pela vistoria e receberá um valor limite de até R$ 100 da administração municipal para obras de adequação. No total, o Executivo liberará R$ 42 mil para 488 residências aptas a receber o serviço.
De acordo com o gerente da Corsan, Luis Afonso Queiroz, os moradores devem solicitar a vistoria pelos 3714-2375, 3714-2201 e 3714-2468, apresentando o número da matrícula do imóvel e os dados gerais do responsável. Queiroz explica que aqueles que não solicitarem a visita até sexta-feira perdem os nove meses de isenção da tarifa e pagarão R$ 30 pela vistoria. Segundo o gerente, até o momento foram 234 solicitações, de um total de 423 ligações necessárias. “Acreditamos alcançar, inicialmente, um número de 300 ligações que passam a funcionar no dia 30 de novembro”, afirma, acrescentando que 22 residências estão interligadas de forma clandestina à ETE.
Tarifa a ser cobrada
De acordo com Queiroz, o cálculo da tarifa é baseado na média regional de desperdício de água, que hoje é de 70%, valor inferior à média nacional, que é de 80%. Sendo assim, explica o gerente, o aumento na tarifa mensal de água será de aproximadamente 47,5%. “Esperamos que com esse aumento, a comunidade se conscientize da importância de economizar água. Tanto para o meio ambiente como para o orçamento desses moradores”, diz.
Verbas da administração municipal
O secretário de Obras, Mozart Lopes, explica que a verba será de sua secretaria, e só será liberada após finalizado o relatório de vistorias da Corsan. “O dinheiro será destinado para a compra de cimento, tijolo, canos, joelhos e areia. A mão de obra e o fechamento das lajes serão por conta do contribuinte”, avisa. De acordo com o secretário de Planejamento, João Alberto Fluck, por se tratar do primeiro local a receber o tratamento de esgoto, e pelo fato de ser uma região de pouco poder econômico, a administração optou por custear parte das obras de adequação. “Mas isso será um caso à parte. A princípio não haverá benefícios para os demais bairros”, avisa.
A ETE
Construída entre os anos de 2008 e 2009, a ETE está pronta, e localiza-se na Av. Castelo Branco. O valor total da obra foi de R$ 1,4 milhão, custeada com recursos da Corsan, e com capacidade para até 300 mil litros. Inicialmente, foi construída para atender cerca de 480 domicílios, ou 16 mil habitantes, mas com a ampliação da rede coletora, será possível atender até 2,4 mil economias.