Bottero procura mão de obra na cidade

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Bottero procura mão de obra na cidade

Arroio do Meio -Mesmo que as nego­ciações para que a Calçados Bottero adquira os prédios da Calçados Majolo perdurem por mais 15 dias, a compradora inicia na próxima semana um pré-recrutamento de funcionários na cidade. Serão abertas aproxi­madamente cem vagas e a pre­ferência de contratação será por pessoas que tenham experiência no setor. Conforme o responsá­vel pela imagem institucional da Bottero, Luiz Roberto Bianchi, a intenção é verificar se há mão de obra qualificada para a em­presa instalar-se no município. Bianchi explica que se não houver entraves nas tratativas a empresa deve iniciar as ativida­des em agosto. majolo

O vice-prefeito de Arroio do Meio, Klaus Schnack, confir­ma o interesse e a pressa que a empresa tem em encerrar as negociações. “A Bottero solicitou incentivos para o mu­nicípio, mas ainda não sentamos para negociar”, fala. Schnack conta que a empresa quer au­xílio financeiro para adquirir o imóvel da antiga Majolo, com aproximadamente um hectare – dois pavilhões e 3,5 mil metros de área construída. Ele adianta que o orçamento do município está defasado e que não poderão ajudar com valores altos.

A moradora do bairro São Caetano, Maria Zimmerman, 36 anos, trabalha em serviços informais desde o fechamen­to da Majolo. Ela aguarda a instalação da nova empresa para procurar emprego. Nesta semana, recebeu a notícia de que outra empresa a contrataria, mas diz que pretende aguardar porque gosta de trabalhar em fábrica de calçados.

A Calçados Bottero trabalha com o mercado interno, sendo que apenas 8% de suas ativida­des voltam-se para a exportação com marca própria. Mantene­dora de 2,5 mil empregos no estado é considerada a maior fábrica feminina de couro do mercado interno brasileiro. Ela tem a pretensão de produzir cinco milhões de pares de cal­çados até o fim do ano. Suas unidades produtivas ficam em Parobé, Osório, Santo Antônio da Patrulha e Travesseiro.

Sobram vagasna cidade

Dados do Sistema Nacional de Emprego (Sine) revelam que Arroio do Meio tem dis­poníveis 108 vagas no ramo calçadista. São ocupações de auxiliar de depósito, 22 vagas; costurador de calçados, cinco vagas; mecânico de manutenção de máquina in­dustrial, uma vaga; operador de empilhadeira, três vagas; preparador de calçados, 76 vagas; e revisor, uma vaga. E na próxima semana terá um complemento de mais cem vagas.

A agente de recrutamento do Sine, Mirtes Kunzler Koch, procura pessoas ca­dastradas para ocuparem as vagas. Ela acredita que será difícil a Bottero preencher as que oferecerão.

Arrecadação dobrará em Travesseiro

Há três meses, a empre­sa abriu uma unidade em Travesseiro, contratando 282 funcionários. Conforme Bianchi, na próxima semana abrirão mais cem vagas nes­ta unidade e serão contrata­das pessoas de Pouso Novo e Forquetinha. As inscrições foram feitas no sábado.

Conforme a auxiliar ad­ministrativa do município, Carla Henz, a cidade carece de mão de obra. “Para tra­balhar no setor não temos mais pessoas na cidade, por isso a empresa contra­tará de outros municípios”, explica. A Bottero receberá um incentivo de R$ 10 mil mensais, durante 12 meses, para custear o aluguel do prédio da Calçados Majolo. Em contrapartida a empresa estima gerar 74% da arreca­dação no setor industrial, o que em um ano equivalerá a R$ 10 milhões em valor adicionado para os cofres públicos.

A Calçados Majolo re­presentava 63% da arreca­dação no setor e antes de fechar gerava R$ 5 milhões em valor adicionado. “Nossa estimativa é de dobrar a arrecadação e com esse valor poderemos investir em outras áreas como saúde e educação”, explica Carla.

A auxiliar afirma que foi encaminhado projeto para a câmara de vereadores propondo auxílio de R$ 600 mensais para o Atelier JB Calçados, que emprega 35 pessoas. A pretensão da Bottero, conforme Carla, é de comprar até outubro por meio de leilão os prédios onde a empresa está insta­lada e paga aluguel.

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