Cinco expositores da Feira do Produtor tiveram problemas com a Vigilância Sanitária do município. Na tarde de ontem, os fiscais, com apoio da Brigada Militar, Secretaria de Agricultura e Emater, chegaram de surpresa e vistoriaram todos os produtos que estavam à venda. Foram apreendidos 25 quilos de queijo, quatro quilos de frango, três quilos de nata e 27 dúzias de ovos que estavam sem rótulos – de produção caseira – e outros com procedência de municípios vizinhos.
Conforme Sandra Maria Dossena da Vigilância Sanitária, há mais de sete anos os fiscais passam na feira e conversam com os produtores, informando quais produtos podem ser vendidos por lei. No entanto, esses não cumpriram as normas. Os cinco agricultores receberão um auto de infração, passarão por processo administrativo sanitário e receberão infração que pode ser desde uma advertência até uma multa. Nos próximos dias haverá nova fiscalização de produtos de outros segmentos.
Os produtos caseiros apreendidos serão incinerados, e os com rótulos de outros municípios serão encaminhados para as vigilâncias sanitárias respectivas com a justificativa dos fornecedores que ainda serão procurados.
Uma das produtoras notificadas foi Senita Eckardt, que perdeu mais de R$ 1 mil em produtos caseiros apreendidos. “Vamos acabar vendendo apenas alface”, diz. A agricultura relata que tem seu sustento desse tipo de produção e que são as pessoas que procuram por mercadorias mais baratas e frescas. “O que faço com meus bichinhos? Vou ter que sacrificar eles se não puder mais vend
er os produtos”, preocupa-se.
As consumidoras Simone Maria da Silva e Terezinha de Almeida compram produtos da feira todas as semanas. Indignadas com as apreensões comentam que quem vai até a feira procura os produtos coloniais. “Se quiséssemos os industrializados iríamos ao mercado”, diz Simone. Terezinha pensa que os produtores têm direito de vender o que produzem. Na tarde de ontem, ambas saíram da feira com pouca mercadoria porque, segundo elas, as que procuravam foram fiscalizadas.