Com a chegada do frio e dos períodos de chuvas mais constantes, aumenta a necessidade das pessoas contarem com paradas de ônibus adequadas para atender o número de passageiros. Mas essa realidade está longe de acontecer, e os problemas vão além. Um breve passeio pelas principais paradas de ônibus da área central do município demonstra que a situação está caótica e que visivelmente faltam investimentos nesta área. Um dos piores pontos está localizado em frente à Escola Ensino, na Av. Benjamin Constant, onde apenas alguns bancos estão à disposição das pessoas e mesmo assim o número é insuficiente. No mesmo local não há cobertura, e os usuários precisam usar da marquise do prédio para se protegerem da chuva. Na mesma avenida, a parada localizada na esquina com a rua Saldanha Marinho carece de mais assentos e um aumento da área coberta. Essas duas paradas são as únicas instaladas na avenida, principal via para transporte coletivo no centro da cidade.
Na rua João Abott, via por onde os ônibus realizam o retorno aos bairros de Lajeado, a situação não é boa. Embora tenham sido instalados novos abrigos junto ao Parque dos Dick, basta andar pouco menos de 1 quilômetro para se deparar com mais problemas. A parada localizada entre as ruas Saldanha Marinho e Pinheiro Machado não suporta mais do que cinco pessoas e o contingente de passageiros, em alguns momentos, chega a ser três vezes maior. A mesma dificuldade é verificada no ponto instalado junto à rodoviária municipal, na Av. Castelo Branco. Naquele local, passageiros de diversas cidades da região chegam a Lajeado e aguardam para embarcarem nos ônibus urbanos. No entanto, o tamanho do abrigo está longe de comportar o número de usuários. Em todos esses locais foi verificada a falta de ônibus que possibilitem aos moradores terem acesso aos horários e destinos das principais linhas.
Comunidade aguarda soluções
Com 58 anos de idade e há quase meia hora aguardando de pé por seu ônibus, o aposentado Tadeu de Castro, morador do bairro Morro 25, lamenta a situação precária de algumas paradas de ônibus. “Não é fácil na minha idade aguardar de pé e na chuva”, alega. Ele se queixa do alto valor pago pelo transporte público, afirmando que depende de ônibus todos os dias. A falta de horários de ônibus nas paradas é outra reclamação do aposentado.
As industriarias Eliane Fey e Marlene Weizermann são obrigadas a esperar por cerca de 40 minutos debaixo de chuva quando termina o horário de trabalho. Sem ter espaço suficiente debaixo da parada de ônibus localizada em frente à empresa onde trabalham, se valem dos guarda-chuvas para não se molharem. “Poderiam ter um pouco mais de consideração. Deveriam ampliar a parada para que todos pudessem ficar sentados e protegidos da chuva”, comentam.
O que diz a administração
Questionado sobre o assunto, o secretário de Obras e Serviços Urbanos de Lajeado (Sosur), Mozart Lopes, afirma se preocupar com a falta de cobertura em algumas paradas e confirma que até o fim do mês serão comprados mais dez paradas que devem ser instaladas na Av. Benjamin Constant e na rua João Abott. Sobre a falta de bancos, ele diz não ser uma peculiaridade de Lajeado, afirmando que em cidades como Curitiba, consideradas de primeiro mundo não existem assentos nas paradas. Lopes diz que são constantes as reformas e manutenção nos pontos de ônibus e que na última semana três foram reformadas no bairro Floresta.