Após um ano, estudos de captação, tratamento e abastecimento de água feitos pela Prefeitura de Estrela serão colocados em prática. A partir do dia 20 de maio, termina o contrato com a Corsan, e o município assumirá o trabalho. A decisão foi confirmada na quarta-feira à tarde em uma reunião entre equipe de trabalho – prefeito Celso Brönstrup, assessora jurídica Vanice Reichert e secretária do Meio Ambiente Ângela Schossler.A etapa seguinte será o estudo financeiro que delimita orçamentos para implantar o sistema. Ele será entregue na próxima semana em uma nova reunião. A Corsan enviou uma proposta de permanência na cidade, mas essa não será atendida. Os principais motivos da troca são a falta de investimentos na cidade por parte da companhia e a necessidade do governo em ter autonomia nas decisões.
Vários pontos no encontro desta semana foram definidos, um deles a forma de trabalho. Para executá-lo será contratada uma nova equipe de funcionários. Conforme a secretária do Meio Ambiente, a pretensão é ter um quadro funcional maior que a Corsan. Ela explica que a companhia possui apenas 13 funcionários entre operacional, monitoramento e administrativo. Desses, apenas quatro fazem serviços de ruas e atendem chamados. “São poucas pessoas trabalhando na rua em uma cidade grande como Estrela”, diz. O município quer contratar em um primeiro momento nove pessoas para trabalhar no operacional e seis pessoas para o setor administrativo, sendo duas para o atendimento ao público. Para o monitoramento, o qual é preciso um maior cuidado, será contratada uma empresa terceirizada. Ângela relata que essa empresa fará o serviço até que eles consigam arrecadar fundos para a construção de um laboratório de análises e contratar especialistas da área. “Não queremos correr riscos que a água não seja de qualidade”, comenta.
O atendimento será feito junto ao prédio da Secretaria do Meio Ambiente e Saneamento Básico, setor responsável. O novo serviço terá uma estrutura própria com máquinas e veículos. Serão adquiridos um caminhão, uma retroescavadeira, duas Kombi e um veículo leve. Essa estrutura inicial terá capacidade para ser usada por duas equipes de rua.
Ângela Schossler afirma que a falta de evolução foi uma das grandes dificuldades em trabalhar com a Corsan nos últimos anos. Ela diz que a companhia estava com problemas de ampliação de redes em novos loteamentos, e alguns moradores tiveram que perfurar poços artesianos. A secretária alega que a Corsan arrecada em torno de R$ 500 mil por mês, “os lucros são altos e os investimentos baixos”.
Foto Frederico Sehn