Buracos se formaram na VRS-811 que liga o município até o distrito de Forqueta. Segundo moradores, a obra da Vicinal Forqueta, feita em 1991, não foi completa, pois faltou a segunda camada de asfalto, por isso a estrada ficou danificada em menos de cinco anos. Quatorze anos depois, operações tapa-buraco foi a única ação realizada pelo poder público. Conforme o secretário de Obras, Paulo Wolk, quando existe a sobra de asfalto do município, é colocado o material para minimizar os buracos. “Estamos pleiteando essa obra há tempos.” De acordo com o vereador Roque Haas, que é da localidade, aconteceram mortes devido aos acidentes na via. “Motoristas somam prejuízos com quebra de rodas e peças dos veículos. Isso não tem mais cabimento”, indigna-se. A falta de sinalização contribui para as colisões, principalmente à noite.
A recuperação da VRS-811, no trecho de mais de 11 quilômetros entre Arroio do Meio e o distrito de Forqueta, está no lote três do Programa Emergencial de Recuperação de Rodovias. Em novembro de 2009, o jornal A Hora publicou reportagem especial sobre a estrada estadual e os graves problemas ocasionados para a população. Em resposta à reportagem, o Departamento de Estradas e Rodagem (Daer) informou, na ocasião, que o processo aguardava licitação, mas trabalhava “com a previsão de que a execução dos serviços iniciasse ainda em 2009”. Porém, hoje o processo de licitação encontra-se em andamento, e a comunidade aguarda.
Obras emperram na licitação
Ocorre que duas empresas foram habilitadas para o trabalho e após ter escolhido a vencedora (Técnica Viária Castellar) houve interposição do concurso, ou seja, a segunda empresa (Consórcio CGP Restaura Rodovias) interviu no processo com recurso. Segundo a superintendente da Central de Compras do estado, Carla Poeta, a empresa entrou com recurso fora do prazo legal. No entanto, houve erro na análise da documentação da empresa vencedora. “Vimos que o recurso era consistente, porque mandamos outro engenheiro analisar a documentação, constatando equívocos na documentação da TV Castellar”, informa.
Na terça-feira, dia 23, a Central de Compras do estado revisou o julgamento e desclassficou a proposta da TV Castellar. A demora desse processo poderá ser ainda maior, porque essa empresa tem até o dia 2 de março para entrar novamente com recursos. “Não posso voltar atrás e dar como concluída a licitação sem dar a oportunidade para a primeira empresa, que foi a vencedora, para que possa se defender”, analisa. A superintendente afirmou que será decidido definitivamente o vencedor após o dia 2. A obra deve começar em até 48 horas depois, tempo que o estado leva para publicar a vencedora no Diário Oficial, e a empresa para assinar o contrato.
O valor dessa obra específica não foi possível diagnosticar, sendo que a empresa assume um pacote para asfaltar oito lotes, um total de 295 quilômetros. O preço da TV Castellar é de R$ 38,728 milhões e a CGP Restaura Rodovias ofereceu os serviços por R$ 39,069 milhões.