O Rio Forqueta subiu depois das chuvas nas cabeceiras e força da correnteza desencaixou galerias da estiva instalada pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) em janeiro. A equipe técnica da autarquia aguarda a normalização do rio para avaliar os danos e eventuais reparos.
A água atingiu a pista da passagem no início da manhã. Caminhões se arriscavam em passar pelo trecho, até que, às 9h o tráfego foi suspenso. O curso d’água alcançou 2,5 metros acima do nível normal. Por volta das 11h, a estrutura ruiu.
Com 400 metros de extensão, a estiva tinha 13 galerias de concreto armado, com dois metros de diâmetro cada, formando um conjunto de cinco metros de largura e 30 metros de comprimento.
A pista de rolamento tem uma camada com blocos de rocha, com o pavimento constituído por sub-base de rachão e brita graduada. Chamada de “passagem molhada”, a estrutura fica perto da Ponte do Exército. Foi uma demanda da região frente ao atraso na entrega da ligação entre Lajeado e Arroio do Meio pela ERS-130.
Projetada para complementar o trânsito entre os municípios, como forma de reduzir engarrafamentos por permitir a passagem no sentido oposto da Ponte do Exército, a estiva custou R$ 2 milhões.
Ao lado da Ponte de Ferro
Outro projeto em curso é a construção de uma passagem ao lado da Ponte de Ferro. O governo federal garantiu R$ 10 milhões para a obra. O projeto foi feito pela administração de Lajeado.
O município fez adaptações e entregou um pedido de aumento no repasse para que o governo federal assuma todo o investimento, estimado em R$ 13 milhões. Com 8 metros de largura e 102,3 metros de comprimento, a ponte está projetada para suportar o fluxo de caminhões e de ônibus em dois sentidos.
“A parte federal está garantida. O complemento solicitado não será possível, terá de ser feita a divisão entre Lajeado e Arroio do Meio”, conta o vice-prefeito de Lajeado, Guilherme Cé, que complementa: “esperávamos que a estiva ia durar mais tempo. Tentamos deslocar o projeto da nova ponte para aquele trecho. Não houve possibilidade de mudar o local da construção.”
O início da construção depende do aporte de R$ 3 milhões e das obras nas cabeceiras, diz Cé. Há duas possibilidades, buscar esse valor pelo Reconstrói RS, iniciativa da Federasul, ou mesmo de recursos próprios dos municípios.
Em paralelo, Lajeado deseja manter uma quarta ligação com Arroio do Meio, onde hoje está a Ponte do Exército. De acordo com o vice-prefeito, será feito um projeto para manter uma passagem e pleitear recursos do Fundo da Reconstrução do RS (Funrigs), ou por meio de verba federal.
Marques de Souza e Travesseiro: trânsito interrompido
A ponte de contêineres ficou submersa durante quase toda a quinta-feira. No fim da tarde, a água do Rio Forqueta retrocedeu. A volta do tráfego depende da avaliação estrutural, diz o prefeito de Travesseiro, Gilmar Southier (MDB).