“Aqui, aprendi que preciso me amar mais”. A frase de Rosane Maria Ferreira evidencia o impacto da ‘Formação de Facilitadores’ na vida dos participantes, capacitando-os a transformar os conflitos e levar aprendizados às suas comunidades. Rosa, como é conhecida, participou dos três dias de capacitação, onde explorou diferentes formas de incorporar o diálogo da paz no dia a dia, a fim de transformar relações e fortalecer a convivência por meio da escuta e do respeito mútuo.
“Tudo o que me ensinaram aqui tem que ser passado adiante e eu quero pôr em prática tudo o que aprendi, pois sei que isso trará resultados maravilhosos, não somente para mim, mas para todos”, afirma.
Promovido pelo programa Pacto Lajeado pela Paz, a ‘Formação de Facilitadores’ já habilitou mais de mil voluntários, de diferentes áreas. Na primeira turma de 2025, outros 15 facilitadores se somam ao grupo, que está apto a estimular e promover a criação de uma cultura de paz no município.
O advogado Tiago Olsen foi motivado a participar da capacitação devido ao seu trabalho. Para a ele, a dinâmica da Justiça Restaurativa – método utilizado durante o curso – trouxe um novo olhar para as resoluções do dia a dia, tanto na vida profissional quanto na pessoa. “A gente tem que olhar a vida de uma forma diferente. E só vamos conseguir fazer isso mudando o jeito como a gente olha e aborda as pessoas, e se redescobrindo”.
Justiça Restaurativa
A formação tem como base a Justiça Restaurativa, método de resolução de conflitos que busca fortalecer os relacionamentos e a transformação dos conflitos, ao desenvolver competências e habilidades de autoconhecimento, autocuidado e autogerenciamento.
Um dos métodos utilizados na Justiça Restaurativa é o Círculo de Construção de Paz, uma metodologia que promove encontros entre as pessoas em formato de círculo, sendo considerado um ambiente acolhedor e seguro. Neste momento é abordada a comunicação não violenta, com técnicas de escuta qualificada, observação e não julgamento.
Assim como Olsen, a professora Luciana Pedó encontrou no Círculo de Construção de Paz uma oportunidade para se reconhecer e trabalhar questões pessoais e profissionais. “Foram inúmeros ensinamentos, mas o principal é que a gente precisa se conhecer melhor, mais profundamente, para poder ajudar o outro a se conhecer também”.