Ao avaliar o cenário econômico de 2025, o presidente do conselho da Dália Alimentos, Gilberto Piccinini, ressaltou que a interferência do governo federal no setor é mínima, o que permite maior liberdade para o planejamento estratégico da cooperativa. “O governo interfere pouco no mundo dos negócios. Temos mercado interno consolidado e, ao mesmo tempo, estamos surfando bem na exportação. Podemos escolher as melhores oportunidades sem abandonar nenhum mercado”, explicou.
A exportação de carne suína para países como Filipinas é um dos destaques da empresa. “Podemos fazer análises sobre qual o melhor produto, qual a maior demanda, qual corte e tamanho são preferidos. Assim, consolidamos as demandas”, pontuou Piccinini.
Logística e desafios no setor
A exportação ocorre por meio de contêineres refrigerados, transportados sobretudo via Santa Catarina, devido a dificuldades operacionais no Rio Grande. “Muitos embarques fazemos por Santa Catarina. Aqui temos problemas com a demora dos navios, o que exige ajustes logísticos desde o transporte rodoviário até o porto. O navio não espera”, alertou o presidente do conselho.
Sobre a cadeia produtiva, Piccinini reforçou o planejamento rigoroso na suinocultura. “Programamos o nascimento dos leitões, o crescimento e o dia de abate. Não pode faltar e nem sobrar”, explicou.
Atualmente, 80% da produção da Dália Alimentos é destinada à exportação, enquanto 20% abastece o mercado interno. “Não podemos definir um único foco, pois tudo pode mudar. O importante é estar presente em todos os mercados e aproveitar os melhores momentos”, finalizou Piccinini.
Histórico da cooperativa
A Cooperativa Dália Alimentos foi fundada em 15 de junho de 1947, em Encantado, por 387 suinocultores com o objetivo de valorizar o setor. Com o passar do tempo, diversificou suas atividades e hoje atua tanto no mercado interno quanto na exportação de cortes especiais de suínos para diversos países.
