De um trailer a um ícone gastronômico

"O MEU NEGÓCIO"

De um trailer a um ícone gastronômico

Kikão conquista gerações pelo paladar. Empresa em constante atualização, preza por manter origens

De um trailer a um ícone gastronômico
Stéfano está à frente da gestão e Guido acompanha a produção. Eles participaram de O Meu Negócio na segunda. (Crédito da imagem: Deivid Tirp)
Lajeado

Há mais de quatro décadas, o Kikão faz parte da vida dos lajeadenses. O que começou como um trailer de cachorro-quente, em 1981, tornou-se um dos restaurantes mais queridos da região. Hoje, a empresa é sinônimo de tradição, qualidade e um atendimento que faz os clientes se sentirem em casa.

A história do Kikão se confunde com a da própria cidade. No local onde hoje funciona o restaurante, havia um complexo de lojas onde já passaram diversos comércios, como uma barbearia, sapataria e até mesmo uma peixaria. Aos poucos, o espaço foi sendo ocupado pelo Kikão, que cresceu sem deixar de lado sua essência: oferecer comida de qualidade e um ambiente acolhedor.

Mesmo com as transformações ao longo dos anos, o Kikão sempre manteve um forte vínculo familiar. Guido Collet conta que ao chegar a Lajeado, em 1981, o trailer já existia. Ele assumiu o negócio pouco depois, passando por diversas funções. No início, era ele quem ficava no caixa, mas com o tempo, e com a modernização dos processos, percebeu que poderia estar mais próximo da operação e dos clientes.

“Para mim, no caixa tinha que ser o dono. Mas depois que o meu filho colocou um sistema, vi que era melhor trabalhar assim”, destaca Guido. “Agora ajudo no operacional, mas fico mais em contato com a pessoa. O cliente vai ao restaurante para comer bem e se relacionar”.

Hoje, a administração está nas mãos do filho Stéfano, que cuida das compras e pagamentos, enquanto Guido acompanha a produção e o salão. A proximidade com os clientes é uma marca registrada do Kikão, tanto que muitas amizades surgiram dentro do restaurante.

O sabor de sempre

A qualidade dos lanches e pratos também é uma característica marcante do Kikão. Desde os tempos do trailer, a equipe se esforça para manter o sabor característico, treinando novos funcionários para seguir os mesmos padrões.

A preocupação com ingredientes frescos também é um diferencial. “Muita coisa preparamos quase diariamente. Não gostamos de fazer grandes estoques, priorizamos os produtos frescos. O pão, por exemplo, chega todos os dias. O padeiro é o mesmo há mais de 40 anos”, conta Stéfano.

O Kikão vai além dos tradicionais lanches. O restaurante também oferece almoço de segunda a sábado, das 11h às 14h, com um buffet variado de saladas, carnes e feijão, garantindo uma refeição saudável e saborosa. Para quem busca um momento de descontração, o happy hour do Kikão é um convite para reunir amigos e aproveitar hambúrgueres, petiscos e drinks.

O programa “O Meu Negócio” é apresentado por Rogério Wink e transmitido ao vivo nas segundas-feiras, na Rádio A Hora 102.9 e nas plataformas digitais. Tem o patrocínio de Motomecânica, Black Contabilidade, Marcauten, Dale Carnegie, Sunday Village Care, Pró-Aço e Construtora Giovanella.

ENTREVISTA
• GUIDO COLLET E STÉFANO COLLET
Restaurante Kikão

“Hoje os tempos são outros”

Wink – Como é trabalhar com o Stéfano? O momento pai e filho é tranquila a relação?
Guido – É um desafio, pois há diferenças de ideias e tecnologias que precisamos entender e repensar. Hoje os tempos são outros, mas é tranquila a relação. Tem coisas que ele faz que não são do meu agrado, mas repenso que os tempos são outros e que a gente precisa mudar e evoluir.

Wink – Como é trabalhar com teu pai?
Stéfano – Tem coisas do dia a dia que a gente pensa que são do passado, mas no dia a dia vê que faz sentido. A vivência conquistada e a experiência têm relevância e são mais de 40 anos trabalhando com isso. Eu aprendo a cada dia com ele. Muita coisa não concordamos, mas sabemos separar o profissional do pessoal. Se não concordamos na empresa, em casa nem tocamos no assunto.

Wink – Quais são tuas origens, Guido?
Guido – Linha Alegre, Arroio do Meio. Lá a referência é a gruta Nossa Senhora de Lourdes, bem visitada. Hoje, como Capitão se emancipou de Arroio do Meio, a gruta pertence a lá. Meus pais eram agricultores e meu pai ainda foi músico. Stéfano também pegou essa veia, está no sangue. A exemplo, agora vou pela terceira vez para a Alemanha, como gaiteiro com o grupo de Estrela, vamos fazer uma turnê de 25 anos para mostrar o folclore brasileiro.

Wink – Você chegou a fazer parte de alguma banda?
Guido – Sim, a banda Os Tropicais, de Arroio do Meio. Durou uns 30 anos e na época tocamos música de bandinha e baile. Animava as festas e eram bons tempos. E então fui convidado a fazer parte do Grupo de Danças de Estrela, onde continuo. Agora estamos ensaiando e nos preparando para esse momento na Alemanha.

Wink – E a tua relação com a música, Stéfano?
Stéfano – Eu diria que a música é uma das coisas mais importantes da minha vida. O ambiente familiar me estimulou muito. Quando eu era criança sempre ganhava instrumentos, não era bola de futebol. E eu lembro que quem me incentivou a fazer aula de violão foi minha mãe. Tinha uns 6 ou 7 anos. E depois disso fiquei.

Acompanhe a entrevista na íntegra

 

 

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