Desde 2017, a família Petry trabalha no ramo de carnes. Na Linha Frank, em Westfália, fornece cortes para restaurantes e festas da microrregião. Com olhar atento à qualidade do produto, realiza todo o processo – desde a criação à comercialização dos itens. No fim de 2024, encaminhou solicitação de adesão ao Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf). Em sete de janeiro, recebeu a homologação do selo e agora pode comercializar o produto para todo o Rio Grande do Sul.
Marcelo Petry é quem está à frente da administração da empresa. Desde o início das atividades, quis alcançar a habilitação do Susaf e considera uma grande conquista. “Trabalhamos muito para isso. Hoje nossa produção gira em torno de quatro a cinco toneladas por mês. Ano passado, em alguns meses superamos esse volume. Agora a projeção é expandir”, compartilha.
Sucessão familiar
A empresa começou com Claudiomiro Petry, pai de Marcelo, que atua no ramo desde 1990. Junto com eles, Ivan e a mãe Claudete também atuam no negócio. A família é responsável por todos os processos – desde a compra dos animais à logística de entrega dos produtos. Assim, realiza atendimento personalizado aos clientes que, até então, se concentram na microrregião do Vale do Taquari.
O selo Susaf
Westfália aderiu ao Susaf em junho de 2023. Desde então, estabelecimentos podem solicitar registros, desde que atendam aos requisitos. Quem acompanhou a família Petry na conquista pelo selo foi Maitê Giovanoni da Silva, coordenadora de Inspeção de Westfália. A profissional atua na cidade desde 2021, quando deu início à estruturação do Serviço de Inspeção Municipal (SIM).
Até o momento, Westfália tem cinco estabelecimentos registrados no SIM – empresas que produzem ou processam produtos de origem animal para comercialização no município – e três no Susaf – que ampliam a possibilidade de comercialização para todo o estado. “Essa adesão representa desenvolvimento para o município, uma vez que gera interesse em outras empresas a se instalarem aqui, para que expandam a comercialização”, explica Maitê.
Entretanto, segundo a profissional, o processo não é simples. “A Instância Operativa Central (IOC) exige, além de várias documentações, que o SIM seja realmente atuante no município para conceder a adesão que exige muito trabalho, dedicação e empenho por parte do Sistema de Inspeção Municipal, e seu coordenador, que tem que ser Médico Veterinário”, pontua.