A nefrologista Patrícia Feldens, natural de Palmeira das Missões, há 259 km de Lajeado, sempre soube que a medicina seria sua paixão. Desde pequena, convivendo com o pai pediatra, já vislumbrava um futuro nos consultórios. “Sempre me vi como médica e sabia que ia ter que sair da cidade para tornar o sonho em realidade. Então me dediquei aos estudos”, relembra.
A jornada para se tornar médica não foi fácil. Ao longo da formação, Patrícia enfrentou diversos desafios, como a intensa jornada de trabalho durante a residência. “Quando residente, trabalhava bastante. Um nefrologista me perguntou: ‘Tu não quer passar um cateter e fazer uns plantões na diálise?’ E os colegas não recomendaram, mas esse nefro disse que ia me ajudar. Isso que me motivou”, recorda.
Após a conclusão das especializações em Medicina Interna e Nefrologia em Pelotas, Patrícia enfrentou a difícil decisão de escolher onde exercer sua profissão. “Na época em que faltava uma semana para terminar, comecei a questionar a distância da família”, confessa. No entanto, a paixão pela medicina e o desejo de fazer a diferença a levaram para Lajeado, onde atua desde 2014.
“Em um almoço com uma amiga, ela indicou a cidade, dando como exemplo o progresso que estava ocorrendo na época. Acabei brigando com o pessoal de Pelotas pela escolha”, diverte-se. A decisão, embora polêmica, mostrou-se acertada. Em Lajeado, Patrícia encontrou um ambiente propício para o desenvolvimento da carreira e para construir uma família.
A nefrologista é apaixonada pela área e destaca a importância do diagnóstico precoce das doenças. “Eu considero o rim um órgão coadjuvante principal, porque ele está atrás de todos os órgãos, exercendo um papel de equilíbrio e causando várias síndromes quando machucado.”
Em Lajeado, Patrícia contribuiu significativamente para o crescimento da área de nefrologia no Hospital Bruno Born (HBB). “Desde que cheguei aqui em 2014, a diálise teve um avanço muito importante, por exemplo máquinas que são capazes de operar por 24 horas no mesmo paciente. O tratamento feito aqui não difere de um serviço prestado em grande capitais”, afirma.
Além de sua atuação clínica, Patrícia também é professora na Univates, onde compartilha conhecimentos com os futuros médicos. “A faculdade trouxe um crescimento para o hospital, possibilitando um giro entre antigos atuantes, mas também médicos novos. Alunos meus que se formaram na primeira turma e agora trabalham comigo”, destaca.
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