PF pede afastamento de secretário por suspeita de corrupção

Operação policial

PF pede afastamento de secretário por suspeita de corrupção

Carlos Rafael Mallmann, responde pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano desde 2022. Além dele, outros três servidores são investigados

PF pede afastamento de secretário por suspeita de corrupção
Foto: reprodução / Instagram
Estado

A Polícia Federal (PF) investiga o atual secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Carlos Rafael Mallmann, por envolvimento em um suposto esquema de corrupção na compra de telas interativas.

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Conduzida pela Delegacia de Combate à Corrupção e Crimes contra o Sistema Financeiro (Delecor), a hipótese é que Mallmann teria facilitado procedimentos para a empresa Smart Tecnologia e Comunicação vencer um pregão eletrônico do Consórcio Intermunicipal de Saúde (Consisa) em 2021.

Mallmann era assessor jurídico do Consisa. Junto com ele, outros três servidores são investigados. O atual secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo de Teutônia, Guilherme Engster, Marcelo Augusto Mallmann, servidor comissionado no gabinete do governador Eduardo Leite, e Cliver André Fiegenbaum, diretor administrativo e financeiro da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan). Nenhum dos três estava vinculado ao governo estadual à época dos fatos investigados.

A PF sugere para as repartições públicas que os quatro investigados sejam afastados dos cargos.

Detalhes da investigação

Segundo a PF, a empresa Smart Tecnologia em Comunicações teria pago propina para vencer um pregão eletrônico promovido pelo Consisa. O registro de preços resultante do pregão foi usado para a aquisição de 74 telas interativas pela prefeitura de São Leopoldo, no Vale do Sinos, ao custo de R$ 2,3 milhões.

Conforme a polícia, interceptações telefônicas apontam que o secretário Mallmann teria facilitado a classificação da Smart no processo licitatório e atuado para impedir contestações ao resultado. Há indícios de que um pagamento ocorreu logo após Mallmann emitir parecer técnico favorável à empresa.

Na sequência, servidores municipais de São Leopoldo teriam atuado para viabilizar a adesão à ata de preços e efetivar a compra das telas. A compra usou recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o que justifica a atuação da PF no caso. A investigação busca apurar se houve desvio de verbas federais e outros crimes relacionados.

Nesta fase da operação, a PF cumpre 11 mandados de busca e apreensão, além de ordens de bloqueio de valores.

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