Estado projeta R$ 100 milhões para a 332 e responsável por obra na 129 até fim do ano

RODOVIAS ESTADUAIS

Estado projeta R$ 100 milhões para a 332 e responsável por obra na 129 até fim do ano

Secretário de Logística e Transportes também destacou necessidade da busca de mais profissionais para acelerar construção da ponte da ERS-130, entre Lajeado e Arroio do Meio

Estado projeta R$ 100 milhões para a 332 e responsável por obra na 129 até fim do ano
332 recebeu tapa-buracos, mas operações são insuficientes para melhorar tráfego (foto: Brayan Bicca)
Vale do Taquari

Rodovias importantes para o escoamento da produção regional, a ERS-332 e a ERS-129 sofrem com problemas estruturais. Buracos, desníveis, poeira e trechos de chão batido estão entre os desafios enfrentados todos os dias por motoristas. Para fazer frente às reclamações, o Estado projeta investimentos para qualificar a infraestrutura viária do Vale.

Para a 332, por exemplo, a projeção do governo do Estado é de um investimento em R$ 100 milhões para reestruturação completa dos 90 quilômetros, entre Encantado e Soledade. Segundo o secretário estadual de Logística e Transportes, Juvir Costella, o problema vai muito além dos buracos, que surgem com frequência no asfalto.

Em entrevista ao A Hora Bom Dia, Costella detalhou que a 332 receberá “uma obra de resiliência climática” e que dará a dignidade aos usuários e também moradores dos municípios lindeiros. Ele não deu prazo para execução, mas os recursos virão do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), instituído pelo governador para a reconstrução do RS após a catástrofe climática de maio.

“Tivemos uma operação de tapa buraco e de conservação antes, mas agora a 332 será totalmente refeita, inclusive com obras de contenção para que não tenhamos mais que passar por isso. A rodovia tem que ser recuperada para ficar melhor do que estava antes das enxurradas, num nível de resiliência acima. Isso vai devolver à sociedade uma condição de rodovia”, salienta.

Há dois anos, o Estado investiu pouco mais de R$ 21 milhões para recapear o trecho entre Encantado e Arvorezinha. Em pouco tempo, no entanto, o asfalto voltou a apresentar problemas, agravados pelas enxurradas do ano passado e deste ano.

Definição até o fim do ano

Até o fim de dezembro. Este é prazo que Costella deu, durante a entrevista, para definição da empresa responsável pela conclusão do asfalto na ERS-129. A rodovia, que ganhou grande importância nos últimos meses devido a queda na ponte da ERS-130, tem seis quilômetros ainda de chão batido, em Roca Sales.

No trecho, motoristas e moradores convivem com a poeira, barro e picos de lentidão no trânsito. “É uma das obras de resiliência que serão custeadas pelo Funrigs. Até 31 de dezembro temos que ter as empresas contratadas e o contrato assinado para início da obra. Então, queremos até o fim do ano ter a definição da empresa responsável pela 129”, revela o secretário.

A intenção é que, conforme Costella, as obras na 129 se estendam também até os trechos de Colinas e Estrela, que apresentaram destruição do asfalto por conta da enchente do Rio Taquari. “A rodovia será totalmente recuperada”.

Do percurso de 7,1 quilômetros que o Estado prometeu asfaltar, na década passada, cerca de 6 quilômetros aguardam obras há mais de seis anos. Em junho de 2018, um convênio de R$ 3,5 milhões foi assinado junto ao Estado. Os serviços não avançaram e somente 1,1 quilômetro foi concluído.

Moradores aguardam há anos por conclusão do asfalto na 129 (foto: divulgação)

Apelo por mão de obra

Durante a entrevista, Costella também justificou a mudança no prazo para entrega da nova ponte da ERS-130, entre Lajeado e Arroio do Meio. Segundo ele, a Engedal Construtora, empresa encarregada da obra, iniciou as atividades com uma equipe adequada, mas não obteve sucesso na
busca por novos profissionais na região, além de enfrentar desistências de operários.

Durante a entrevista, Costella também justificou a mudança no prazo para entrega da nova ponte da ERS-130, entre Lajeado e Arroio do Meio. Segundo ele, a Engedal Construtora, empresa encarregada da obra, iniciou as atividades com uma equipe ade- quada, mas não obteve sucesso na
busca por novos profissionais na região, além de enfrentar desistências de operários.

Funrigs

  • O Fundo do Plano Rio Grande é um fundo público especial de natureza orçamentária, financeira e contábil, com o objetivo de segregar, centralizar e angariar recursos destinados para o enfrentamento das consequências sociais, econômicas e ambientais decorrentes dos eventos climáticos ocorridos em 2023 e 2024.
  • Os recursos serão utilizados para planejamento, formulação, coordenação e execução de ações, projetos ou programas voltados para a implantação ou ampliação da resiliência climática e para o enfrentamento das consequências das enchentes.

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