Educação midiática orienta alunos para prática responsável

NOSSOS FILHOS

Educação midiática orienta alunos para prática responsável

Uso da tecnologia muda a dinâmica do ensino em sala de aula e incentiva professores a desenvolverem o pensamento crítico dos jovens

Educação midiática orienta alunos para prática responsável
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Comuns nas escolas dos anos 90 e 2000, os laboratórios de informática deram espaço para salas de aulas mais tecnológicas. Os professores que antes ensinavam a usar os computadores e a navegar nas ferramentas digitais, agora têm um novo papel na educação digital. O foco deixou de ser apenas o manuseio dos dispositivos e passou a envolver a orientação dos alunos sobre respeito, pensamento crítico, e responsabilidade no ambiente virtual. Para isso, diversas instituições estão adotando a “educação midiática” como estratégia de ensino e conexão com os jovens.

Se até pouco tempo as pessoas eram apenas consumidoras e espectadoras do conteúdo online, a professora do itinerário de mídias digitais do Madre Bárbara, Carolina Werlang, ressalta que hoje elas também participam da produção das mídias. E os estudantes possuem muito conhecimento prático sobre as ferramentas. “Nosso papel, enquanto professores e pais, é mediar esse conhecimento prático com o conhecimento reflexivo. Nossos alunos e filhos precisam usar as mídias com consciência, de forma crítica”, afirma.

Para o diretor do Centro de Educação Básica Gustavo Adolfo, Edson Wiethölter, a educação midiática caminha junto da educação cidadã. “No momento em que tivermos crianças cidadãs e suas periferias bem constituídas dentro de uma linha de pensamento humanista, vamos ter menos problemas com a relação com a mídia”.

Nova dinâmica de ensino

Foto: Eloisa Silva

Segundo Edson, o uso da tecnologia mudou a dinâmica do ensino. Em muitas escolas, as bibliotecas tradicionais cederam espaço a um acervo dedicado exclusivamente à literatura, enquanto a pesquisa se tornou digital. “Hoje, a biblioteca é um espaço de leitura, de silêncio, de retirar livros”. Mas nem por isso as mídias devem ser encaradas como vilãs dos jovens.

A integração entre o universo digital e o ensino tradicional é inevitável. “A tecnologia perpassa todas as disciplinas”, observa Carolina, destacando que o uso consciente das ferramentas digitais pode tornar o aprendizado mais envolvente e relevante para os alunos. Ela alerta, no entanto, que o equilíbrio é fundamental. Não se trata de substituir métodos tradicionais, mas de criar uma experiência educativa híbrida, que leve em consideração tanto o online quanto o offline.

“Existe o termo ‘onlife’ que não é nem online nem offline, mas sim uma conexão entre essas duas realidades. A interação com os colegas não pode ser substituída. A gente percebe que não é uma coisa ou outra, mas um caminhar junto”, destaca.

Assista o bate-papo completo com o coordenador pedagógico de Ensino Médio do Ceat, Romério Schrammel, nas plataformas digitais do Grupo a Hora. O programa “Nosso Filhos” foi apresentado por Jéssica R Mallmann e pelo Dr. João Paulo Weiand. Patrocínio da Clínica Protege e do Colégio Evangélico Alberto Torres – CEAT.

Confira programa na íntegra aqui

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