Análises de água

Opinião

Luciane E. Ferreira

Luciane E. Ferreira

Jornalista

Análises de água

Na próxima semana começa a quarta etapa análise de água de rios e arroios da região. A ação integra o monitoramento da qualidade da água de mananciais da região. A iniciativa é do Grupo A Hora, por meio do projeto Viver Cidades, e ocorre desde 2022. O laboratório Unianálises foi contratado para executar o trabalho.

As amostras são coletadas nos rios Taquari e Forqueta e nos arroios Jacaré e Lambari, em Encantado, Arroio da Seca (Colinas/Imigrante), Arroio Grande (Arroio do Meio), Arroio Forquetinha (Forquetinha), Arroio Boa Vista e Arroio Posses (Teutônia), Arroio Saraquá (Santa Clara do Sul), Arroio Encantado (Lajeado), Arroio Sampaio(Cruzeiro do Sul) e Arroio Castelhano (Venâncio Aires).

A expectativa para esta etapa é quanto aos resultados das análises para metais pesados – chumbo, cromo e mercúrio, em cinco pontos do Rio Taquari, ampliando o monitoramento. Até então, os testes em rios e arroios indicavam o Índice de Qualidade da Água (IQA), conforme resolução do Conama, determinado a partir dos parâmetros oxigênio dissolvido na água, demanda bioquímica de oxigênio, fósforo total, coliformes termotolerantes, turbidez, Ph, temperatura e nitrogênio amoniacal.

Lembrem-se do meio ambiente

O governo do Estado lançou, ontem, a Consulta Popular 2024. O processo define as prioridades regionais que integrarão o Orçamento Estadual. Em 2024, terá como tema a reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes de maio.

Na primeira fase da Consulta, até 18 de outubro, são enviadas as propostas pelos cidadãos. As contribuições devem ser encaminhadas por meio do portal consultapopular.rs.gov.br/inicial . O governo estadual destinará R$ 60 milhões para a execução dos projetos aprovados.

Importante lembrar de projetos de restauração ambiental. Entre tantas demandas, temos um rio Taquari devastado! Depois da análise técnica do Estado, as propostas são discutidas nas assembleias regionais convocadas pelos Coredes para elaborar a cédula de votação de cada região. A participação dos cidadãos é de suma importância.

Semana da Água

A 31ª Semana Interamericana e a 24ª Semana Estadual da Água ocorrerão de 7 a 19 de outubro, conectando comunidades em uma jornada de conscientização e ação. Promovidas pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental/RS, terão como tema deste ano “Água e Meio Ambiente: Qual o nosso Papel?”. A programação trará à tona a importância de cada indivíduo. Serão explorados os quatro pilares do saneamento – abastecimento público, esgotamento sanitário, drenagem urbana e resíduos sólidos – e questionado sobre o papel que desempenha cada cidadão neste grande quebra-cabeça.

Essência da vida

A água é a essência da vida, sustentando ecossistemas, agricultura, indústrias e, claro, a vida humana. No entanto, sua disponibilidade e qualidade estão sob crescente ameaça devido à poluição, esgotamento e mudanças climáticas. Segundo a organização do evento, é neste contexto que surge a pergunta: Qual o nosso papel na proteção da água e do meio ambiente? Este e outros questionamentos estarão nas atividades durante a programação do evento. Outras informações e inscrições pelo www.abes-rs.org.br/site/evento.

Tratamento térmico de resíduos

A Fepam emitiu Licença de Operação autorizando o empreendedor Ambiente Verde a utilizar uma nova tecnologia para tratamento térmico de resíduos por meio de pirólise – documento, inédito no Estado até então. A planta, no município de Taquara, irá processar duas toneladas de resíduos por dia da indústria calçadista. A pirólise é um tipo de tratamento térmico de resíduos realizado na ausência de oxigênio, ao contrário da combustão, que ocorre na presença de oxigênio. O empreendimento visa a transformação termoquímica de resíduos calçadistas em gases combustíveis e char (um pó similar ao carvão). Objetivo é tratar os resíduos gerados dentro da indústria e reaproveitá-los. Assim, eles deixarão de ser destinados para aterro e começarão a ter tratamento sustentável.

Char e gás

O resíduo char será incorporado na fabricação de palmilhas de calçados além de ser utilizado em outros itens, enquanto o gás gerado no processo será transformado em energia, que será utilizada na própria empresa.

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