“Transformar a educação implica em fortalecer o ensino e a aprendizagem”

ABRE ASPAS

“Transformar a educação implica em fortalecer o ensino e a aprendizagem”

A professora Ana Paula Meneghetti, de 29 anos, atua no Gustavo Adolfo, em Lajeado, mas reside e é natural de Venâncio Aires. Ela possui duas graduações. É formada em Pedagogia e Educação Física licenciatura. Ainda possui pós-graduações em alfabetização e em letramento. Mas também já atuou em escola municipal de Cruzeiro do Sul, em escola de educação infantil municipal de Santa Clara do Sul e em escola de educação privada em Lajeado

“Transformar a educação implica em fortalecer o ensino e a aprendizagem”
Foto: acervo pessoal

O que são desafios e potencialidades atuais para fortalecer a renovação na educação?

O mundo atual muda de forma constante. A sociedade vive avanços rápidos na tecnologia e na economia. Os problemas são complexos mas, na educação, o desafio é diminuir o tempo em que essas mudanças chegam às escolas e assim permanecer, mais do que atual, atraente e relevante aos educandos. No ensino básico, normalmente são as instituições de ensino privadas que tomam à frente, ao oferecerem processos educacionais inovadores de forma mais rápida para as novas gerações. Ao dar serenidade nessas ações, contribui-se em ganhos reais ao protagonismo estudantil. Mas claro, apesar das instituições privadas terem maior agilidade nessas questões, muitas escolas públicas também são exemplos nesse meio. Mas o desafio nas escolas públicas é ainda maior. É preciso pensar na qualidade de ensino, e também fazer com que essa aprendizagem seja compreendida de forma universal nas instituições centrais, de bairros e interior, por exemplo.

O que é transformar na educação?

Transformar a educação implica sempre em fortalecer o processo de ensino e de aprendizagem. É preciso manter uma mentalidade de crescimento com apoio institucional. Contudo, não basta apenas o professor, tanto de escola pública, quanto privada, estar focado no tema. O Brasil precisa em muito avançar nas próprias políticas públicas de incentivo permanente de ações inovadoras nas escolas. Ao fortalecer as políticas públicas de educação, a formação universitária dos professores e a própria formação continuada podem, juntas, avançar em novas formas de ensinar e aprender.

Com relação às metodologias ativas, como professores e alunos se apropriam desse recurso?

Sabendo que as características do mundo atual são um grande desafio para a educação, as metodologias ativas ganham novas formas e maneiras para facilitar a interação do aluno com o presente, mas também com perspectivas melhores para uma correlação mais promissora do futuro. Com isso, as metodologias ativas colocam o aluno como personagem principal e responsável direto pelo seu processo de aprendizagem. Nesse modelo, o aluno usa as mais diferentes fontes de informação, desenvolvendo novas competências e habilidades. Nessa situação, apesar do professor deixar de ser o detentor de todo o saber, ele passa a ser o curador e facilitador no acesso aos conteúdos e pesquisas.

Em termos pedagógicos atuais, qual o papel das famílias?

É muito importante que a família esteja presente na educação dos filhos, isso não mudou. Mas é necessário que pais e mães também compreendam a importância da autonomia da escola. O papel da escola é diferente do papel das famílias. Uma não é o prolongamento da outra, mas ambas se complementam. Por isso, escola e família precisam estar em sintonia, mas cumprem missões diferentes. A escola fornece o ambiente de aprendizagem e da didática ao garantir o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais. Enquanto que a família é o espaço de proteção, socialização e referência de uma criança, além de transmitir a formação de valores éticos, morais e culturais.

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