“Temos que nos integrar com natureza e manter nossas trilhas e rios preservados”

ABRE ASPAS

“Temos que nos integrar com natureza e manter nossas trilhas e rios preservados”

João Paulo Aires é um dos líderes do grupo Manos da Pesca, uma comunidade de amantes da pesca artesanal e do caiaque, que também promove trilhas ecológicas pela região. No fim de semana, o grupo organizou uma impressionante remada de 45 quilômetros pelo Rio Forqueta, entre Marques de Souza e Arroio do Meio

“Temos que nos integrar com natureza e manter nossas trilhas e rios preservados”
Foto: acervo pessoal

Como funcionam os encontros do grupo Manos da Pesca?

Os encontros são organizados de forma colaborativa e têm uma vibe muito descontraída. Já realizamos várias atividades no Rio Taquari, e agora estamos ampliando para outros rios, como o Forqueta. Sempre buscamos planejar uma saída com paradas estratégicas, onde todo o grupo possa interagir e apreciar a natureza. É comum fazer pausas em pontos de interesse, onde as pessoas podem descansar, comer algo e trocar ideias. O mais legal é que, a cada encontro, novos simpatizantes se juntam a nós, o que reforça o espírito de união e respeito pela natureza.

Qual é o principal objetivo do grupo?

Nosso grande objetivo é conscientizar as pessoas sobre a importância da preservação ambiental, especialmente das margens dos rios. Além de ser uma oportunidade de lazer, nossos encontros servem para alertar sobre o impacto da ação humana na natureza. Percebemos que muitas áreas estão sendo degradadas e o lixo acumulado nas margens dos rios é um grande problema. Queremos, com nossas atividades, despertar essa consciência nas pessoas para que se tornem mais responsáveis e protetoras do ambiente.

Qual é o sentimento de participar e organizar esses encontros?

É uma satisfação enorme. Ver as pessoas se conectando com a natureza, criando laços de amizade e saindo dos encontros com uma visão mais consciente é muito gratificante. Organizar esses eventos requer esforço, mas o retorno é muito positivo. Cada remada ou trilha que fazemos é uma nova experiência, tanto para quem participa quanto para quem organiza. A gente percebe que, além do lazer, estamos criando uma cultura de preservação e respeito pelo meio ambiente.

O grupo tem planos de organizar mais encontros?

Com certeza. A cada evento que organizamos, percebemos um aumento no interesse das pessoas. Então, já estamos planejando novos encontros, tanto no Rio Taquari quanto em outros rios da região. A ideia é expandir essas atividades e, quem sabe, promover eventos ainda maiores, envolvendo mais grupos de outras cidades. A remada de 45 quilômetros foi um marco, mas temos muitos outros planos pela frente.

Após a enchente, qual cenário vocês encontraram nos rios e áreas de lazer?

O cenário é de muita destruição. Infelizmente, vários espaços de lazer, como campings e margens de rios, foram severamente danificados. Estamos organizando ações de reestruturação nesses pontos. No Camping do Írio e no Camping da Pedra, por exemplo, fizemos mutirões para ajudar na limpeza e recuperação. A ideia é que esses locais possam ser novamente utilizados pela comunidade. É uma situação difícil, mas acreditamos que, com união, conseguiremos reverter parte dos danos.

Vocês realizaram uma trilha na Ferrovia do Trigo. Qual foi o objetivo da expedição?

O principal objetivo foi o reconhecimento da área e chamar atenção para a importância de restaurar aquela ferrovia. A Ferrovia do Trigo é uma parte importante da história e do desenvolvimento da nossa região, e acreditamos que ela merece uma atenção maior. Sempre tive curiosidade de explorar aquela trilha, então comentei com alguns amigos, e acabamos reunindo um grupo de Arroio do Meio, Montenegro, Gravataí e Canoas para essa aventura. A trilha é fantástica e acreditamos que com mais visibilidade, podemos incentivar ações de revitalização.

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