- Com expectativa de ampliação do atendimento e maior participação da comunidade, a Feira do Produtor Rural de Estrela projeta a construção de um novo pavilhão. A antiga estrutura, localizada na Praça Henrique Roolaart, foi destruída durante a cheia de maio. De forma provisória, os produtores atendem ao lado do Centro Cultural Celso Brönstrup.
Os recursos para a obra são garantidos pelo Sicredi, com fundos arrecadados por meio da campanha Pix Solidário. A destinação dos valores para a estruturação da feira partiu do Grupo Agro, com representantes da Associação dos Feirantes de Estrela, Emater, Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), da Câmara de Comércio Indústrias Serviços e Agronegócio (Cacis) e Secretaria da Agricultura.
O espaço deve ter cerca de 600 metros quadrados e um investimento de aproximadamente R$ 900 mil. A expectativa é que a obra seja finalizada até junho de 2025, destaca o gerente da agência Sicredi Centro, Édison Griesbach. Para avanço do projeto, basta o município conceder o uso da área à Associação dos Feirantes.
“Por meio desse aporte, sugerimos que sejam feitas melhorias que atendam à comunidade. Uma delas é que o espaço seja utilizado com maior frequência, não somente às quartas-feiras e sábados. Além disso, que seja aproveitado por mais entidades, desde que regulamentadas. E para a construção, que seja valorizada a economia local”, aponta o gerente.
Por se tratar de um espaço público, o projeto arquitetônico deve ser elaborado pela administração municipal. A partir da concessão, a associação fica responsável pela construção do novo espaço. Desta forma, o Sicredi faz o pagamento da execução do pavilhão direto aos fornecedores, com base no andamento da obra.
A administração municipal destaca que o termo de concessão segue em tramitação e deve ser oficializado nos próximos dias.
Fonte de sustento
Para diversos agricultores, a Feira do Produtor Rural é a principal fonte de renda. Há cerca de 20 anos, Vinicio e Marisa Wermann são sócios da Associação dos Feirantes de Estrela e têm na atividade o sustento da família. Moradores da comunidade de Arroio do Ouro, também enfrentaram os desafios do recomeço após a cheia de maio.
“Além de ter a horta totalmente atingida, também tivemos o impacto da destruição do pavilhão”, relata Wermann. Por ora, o casal, com auxílio dos filhos, também faz as vendas no espaço estruturado ao lado do Centro Cultural Celso Brönstrup. “Ainda bem que temos um espaço provisório para ficar”, afirma.
Ainda que de forma temporária, Marisa diz que os clientes seguem a procura dos produtos comercializados no local. “É muito bom ter esse retorno e também iniciativas que apoiam nosso trabalho. Somos uma agroindústria familiar, plantamos para viver”, comenta. A expectativa é que o novo espaço esteja disponível até metade do próximo ano.