Inicia nesta terça-feira, 17, o julgamento de seis réus envolvidos na morte de Sidnei Piovesana, ocorrida dia 19 de abril de 2010 em Guaporé, na Serra. Entre os acusados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), estão dois irmãos que contrataram um policial militar como matador de aluguel para vingar a morte do pai.
Os outros denunciados são, além do PM que, na ocasião do crime, estava de licença saúde e hoje está reformado, contratado por R$ 10 mil para cometer o homicídio qualificado, a mulher dele e mais outros dois homens que o indicaram para os irmãos. Piovesana, que tinha 43 anos de idade, foi executado com dez tiros em uma via pública no Bairro Promorar. A denúncia do MPRS foi oferecida à Justiça em 2011 e os réus foram pronunciados para serem julgados pelo Tribunal do Júri em 2015.
Sobre o julgamento, houve um desaforamento e ele irá ocorrer no Foro de Caxias do Sul, podendo durar até dois dias. As qualificadoras do homicídio são: motivo torpe, mediante pagamento e emboscada. Atualmente, os réus respondem ao processo em liberdade. Pelo MPRS, irão atuar na acusação os promotores de Justiça João Francisco Ckless Filho, que é da comarca, e Luciane Wingert, designada pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ) da instituição.
“O Ministério Público espera demonstrar aos jurados que houve um prévio ajuste entre todos os denunciados para a consecução do homicídio. Trata-se de um caso complexo, arquitetado durante vários dias, envolvendo pessoas conhecidas da cidade, com o fim de promover uma vingança privada. O nosso trabalho vai revelar as minúcias da prova e apresentar aos jurados toda a manobra criminosa”, ressalta o promotor João Francisco Ckless Filho.