Prédios residenciais para realocação de famílias nas proximidades de onde residem ao invés de levá-las para outros bairros da cidade. Proposta de Carlos Ranzi (MDB) no processo de reconstrução de Lajeado. Candidato pela coligação “Olhos no futuro, mãos à obra”, ele deu sequência a série de sabatinas com postulantes à administração da cidade mais populosa do Vale do Taquari.
Em entrevista de cerca de meia hora, Ranzi apresentou propostas de seu plano de governo e também respondeu a questionamentos sobre as áreas consideradas prioritárias pelos eleitores entrevistados na pesquisa do projeto “Lajeado – Um novo olhar sobre os bairros”.
Próxima sabatina
- Hoje, 11
Dr. Sergio Kniphoff (PT)
Entrevista
Carlos Ranzi (MDB) • candidato a prefeito de Lajeado
Como você pretende trabalhar a questão da realocação de famílias atingidas pela enchente?
Lajeado sempre sofreu com as cheias e negligenciou essa situação por anos. Temos um plano muito específico e concreto, que é o projeto Nova Vida. Vamos fazer construções verticais, mantendo as pessoas nas proximidades de onde residem, começando por aquelas famílias que estão nas cotas mais baixas. São pessoas que perderam tudo, recomeçaram do zero e estão pagando coisas que já perderam de novo. Não é um projeto rápido ou barato, mas factível. Pode ser feito desde que haja estrutura para isso. Lajeado dispõe de recursos para iniciar. Tirar elas dessas proximidades forçosamente não vai funcionar.
A construção de uma nova ponte sobre a BR-386 será prioridade para você?
Há coisas no município que são essenciais. Quando aquela balsa bateu e quase levou a nossa ponte, percebemos o quanto seríamos impactados. Não podemos depender apenas de uma ponte. Então vou capitanear esse assunto. Sem belezas, sem egos, sem constranger outros municípios ou prefeitos, Lajeado tem a obrigação legal de fazer a condução desse processo, por toda a sua importância e relevância. Vamos convidar o máximo de prefeitos e chamar entidades e órgãos para atuarem conosco.
Quais são suas propostas para acabar definitivamente com o déficit de vagas nas creches?
É inadmissível termos 551 crianças hoje fora das escolas. E só sabemos desse número porque fiz um projeto que virou lei e esse dado passou a ser divulgado. No fim do ano passado, chegou a 836 aguardando. Não teve nenhuma sala nova para realocar essas crianças. Vamos fazer, em cada quadrante da cidade, uma escola desse padrão novo e parar de comprar casas para transformar em escolas. E de onde vai sair o dinheiro? O FNDE tem. É só apresentar projeto de onde vai se estabelecer. Questão de organização. Mas certamente vamos precisar mais do que essas quatro escolas.
Quais são suas propostas para melhorar a saúde?
“Hoje temos mais de 6 mil pessoas esperando por consultas exames. É vergonhoso para um município com o caixa que tem. Pessoas que deixam de trabalhar, de botar prato de comida na mesa porque o município escolhe não atendê-las. Essas filas vão reduzir. Não dá para dizer que vamos zerá-la, mas esses números astronômicos irão diminuir. Vamos colocar mais uma UBS naquela região do Igrejinha e Imigrante, ampliar horários no Olarias e Jardim do Cedro e instalar um centro de atendimento de saúde nas proximidades da UPA para que, no futuro, se projete um novo hospital. Lajeado não dá sinal de que vai parar de crescer e, por isso, vamos precisar de investimentos.