Consultoria estima até oito meses para resultados da auditoria

Crise na Languiru

Consultoria estima até oito meses para resultados da auditoria

Abertura de processo na área cível depende dos associados. Caso haja crime, a denúncia deve partir do Ministério Público. Término do relatório deve ocorrer em até 40 dias

Consultoria estima até oito meses para resultados da auditoria
Foto: Ezequiel Neitzke
Vale do Taquari

A apuração sobre a crise na Languiru avança, mas o desfecho ainda é imprevisível. Segundo o consultor da Dickel e Maffi, responsável pela apuração das gestões de 2018 a 2023, José Roberto Simas, algum encaminhamento para resultados sobre a auditoria pode levar até oito meses.

Com relação ao diagnóstico da cooperativa, ainda faltam três análises. Com isso, a versão final fica pronta em até 40 dias. “Em casos recentes, essa investigação não levou tanto tempo, foi uma questão de seis a oito meses”, disse Simas. “Apuraram os fatos, responsabilizaram e o Ministério Público deu seguimento, mas o desfecho não tem como saber.”

Leia mais

Próximos passos

O presidente liquidante, Paulo Birck, assegura que o relatório final não ficará engavetado. “Quando o relatório estiver pronto, será apresentado aos associados. Precisamos entender por que os preços praticados pela cooperativa foram diferentes, mesmo em situações de igualdade entre os sócios”, afirma Birck.
Ele defende a uniformidade e Justiça nos preços pagos aos associados, especialmente na remuneração do leite, e destaca que ajustes foram feitos para corrigir essa questão.

Birck deixou claro que a decisão de responsabilizar os ex-diretores será coletiva e dependerá de uma deliberação dos associados. “Vamos fazer esse movimento junto ao jurídico e trazer para a assembleia para ver se entramos ou não com o processo. O Ministério Público já está ciente, e uma cópia do relatório será enviada ao promotor para uma investigação mais aprofundada.”

Birck criticou a administração anterior, apontando a transferência de dívidas para os associados como um dos maiores erros. “O maior mal da cooperativa foi passar a dívida para o associado, dizendo que 2021 foi o melhor ano, quando na verdade foi o pior. Foi uma mentira que resultou em má administração e falta de cuidado com o futuro do cooperado”, concluiu.

Acompanhe
nossas
redes sociais