Assunto cheio de mitos e que traz medo aos pacientes. A anestesia significa a condição de ter a sensibilidade bloqueada ou removida de forma temporária. Isso permite que os pacientes passem por cirurgias e outros procedimentos sem a angústia e a dor que experimentariam de outra maneira. Os esclarecimentos sobre esse assunto ficam por parte dos profissionais, Camila Dresch Schneider, Braz Canfield Finamor e Paulo Henrique Ely, anestesiologistas do Hospital Bruno Born.
Mas antes de falar sobre a especialidade, vamos conhecer um pouco mais sobre a escolha da medicina e da especialidade dos três convidados.
Camila é natural de Estrela e fez a faculdade na Fundação em Porto Alegre, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Se formou em medicina no ano de 2011 e na sequência fez residência em anestesiologia na Universidade Federal de Pelotas, concluindo em 2015. Na ocasião recebeu convite para atuar em Venâncio Aires onde exerceu a profissão até 2021. No final do ano, surgiu a oportunidade de vir para Lajeado e, por questões de logística, se juntou ao grupo de profissionais do Hospital Bruno Born.
“Entrei na faculdade pensando em cirurgia, participei dos trabalhos científicos, monitoria voltados para cirurgia. Nos dois últimos anos da faculdade, a gente passa por estágios nas mais diversas áreas da medicina. Quando fiz o estágio na cirurgia geral na Santa Casa, em Porto Alegre, no Hospital Conceição, disse, não é isso que eu quero, não tem a ver com o meu perfil ficando meio perdida sem saber o que fazer. Na época, namorava meu atual esposo que era residente de anestesia, e me convidou para o estágio, fui e me encantei, me encontrei. Fui fazer a prova direto para anestesia e sou encantada até hoje”.
Na família, é a única na medicina. “Me defini como médica desde pequena, sempre tive o encantamento de ajudar os outros. Lembro quando meu avô se machucava e eu sempre queria estar ali perto para ajudar. Gostava muito do ambiente hospitalar, isso me encantava”.
Braz Canfield Finamor é natural de Júlio de Castilhos, região central do Estado. Fez faculdade na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e é formado há 31 anos. Depois da conclusão do curso de medicina, trabalhou durante sete anos como clínico geral e em 2001, foi fazer residência de anestesiologia na Santa Casa de Misericórdia de Santos. Chegando em Lajeado no ano de 2004, através de convite de profissionais renomados, onde atua até hoje.
No segundo ano do ensino médio começou a se definir pela área da medicina. Estudou na escola agrícola e a paixão pela medicina surgiu mais tarde. “Não me encaixava na área do agro e me encantei pela anestesia quando um vizinho que era médico me convidou para assistir uma cirurgia de vesícula. Fiquei atrás do pano, ao lado do anestesiologista que começou a me explicar os procedimentos. Na época, eu estava no segundo semestre da medicina e ali descobri o interesse pela anestesiologia. Gosto de cirurgia até hoje, mas a anestesia realmente é a minha paixão, é o que a gente sabe fazer de melhor”.
Paulo Henrique Ely é natural de Lajeado. Formado em medicina desde 2012 e na especialidade de anestesiologia é formado desde 2016. Cursou medicina em Florianópolis, Santa Catarina e residência em Ribeirão Preto, SP. O sonho de Paulo era retornar para Lajeado e seguir sua carreira na medicina.
Vindo de família de médicos, Paulo recorda que via o brilho no olhar do pai ao falar da medicina. “Acho que isso fez parte da vida e trouxe tanto para mim como para as irmãs. Memórias de quando tinha por volta de sete anos quando meu pai me trazia para o HBB. Lembro do estacionamento, do corredor onde brincávamos. Com o passar dos anos, isso começou a fazer mais sentido e não tinha dúvida em relação ao que queria ser quando crescesse. E ao ver a minha irmã se formando, um dos dias mais felizes na vida da família, sorriso estampado no rosto dos pais, não tem preço e isso me deu ânimo para correr atrás e conquistar o objetivo da medicina”.
O mito das anestesias
Paulo descreve que uma das formas de desmistificar esse dilema é a consulta pré-anestésica. Um procedimento seletivo que é oferecido a todos os pacientes que têm a oportunidade de ir até o consultório, sentar-se com o profissional onde são tiradas todas as dúvidas. Isso se tornou uma tarefa mais fácil após a implantação de um consultório anestesiológico. “Esse trabalho realizado junto ao paciente tem facilitado o dia a dia dos profissionais”.
“Doenças preexistentes, medicamentos de uso, intercorrências em cirurgias pregressas, análise de exames, todo manejo clínico é realizado antes dos procedimentos. Hoje temos muito mais segurança nas anestesias do que anos atrás. As medicações proporcionam mais segurança aos pacientes”, ressalta Camila.
O Hospital Bruno Born
Referência em saúde na região do Vale do Taquari e no RS, o HBB conta com equipe de profissionais altamente qualificados e renomados nas mais diversas áreas.
“Temos a melhor qualidade em equipamentos, serviços, medicamentos, estrutura para exercer o melhor da medicina. Não poupam investimentos em profissionalização. Oportunizam aos profissionais a aprimorar as técnicas cirúrgicas em outros países e trazer mais qualidade no atendimento e na prestação de serviço na área da saúde.”
Acompanhe a entrevista na íntegra