Como descobriu o talento para ser modelo?
Desde criança sempre tive interesse por moda. Queria ser estilista ou escritora. Desenhava e costurava roupas para os meus gatos e bonecas. Ao longo da adolescência recebi muitos comentários sobre ter perfil para modelo. Comecei a perceber isso em mim mesma e decidi tentar. Sabia que não era um mercado fácil, ainda mais vindo de uma cidade pequena. Mas sempre tive foco e dedicação para conseguir. Acredito que com determinação, podemos nos tornar tudo o que queremos ser e a minha experiência na moda me ensinou isso. Sou quem queria ser. Tenho muito orgulho da minha jornada até aqui, e muito carinho por todos que, de alguma forma, acompanharam e me ajudaram em todo o processo.
Como iniciou sua carreira no mundo da moda?
Nasci em Taquari, mas aos 17 anos me mudei para Porto Alegre para estudar e lá me envolvi com a moda, conciliando com os estudos. Depois fui para Salvador, na Bahia, onde fechei contrato com uma agência. Depois fui morar no Rio de Janeiro, na filial da minha agência de Salvador. Logo me transferiram para São Paulo, porque o mercado da moda é mais abrangente. Sigo na cidade há três anos. Estava morando em Lima, no Peru, à trabalho, voltei para o Brasil faz dois meses. Nessa trajetória, tem muitas marcas e pessoas das quais amei trabalhar. Não consigo definir apenas uma, foram tantas momentos marcantes e diferentes.
Como foi sair de sua cidade para se estabelecer em outros estados?
O que me moveu a ter coragem de enfrentar a jornada, foi a paixão pela moda e a busca pelo desenvolvimento profissional e pessoal. Queria crescer e expandir de todas as formas possíveis. Saí de casa com 17 anos com o objetivo de buscar o mundo, e viver tudo que ele tinha a me oferecer. Essa carreira me abriu muitas portas. Foi necessário aprender a se ajustar a todas as circunstâncias e situações. Conheci diversas culturas e pessoas diferentes, tive experiências incríveis, aprendi e continuo aprendendo dia após dia. A saudade da família e a adaptação a um estilo de vida totalmente independente, foi um desafio. Comecei a fazer tudo por mim e correr atrás dos meus objetivos, e de ver que, com bastante esforço, poderia chegar ao lugar que quisesse.
E sobre a família, como lida com a distância?
Sempre que posso faço visitas aos meus pais e familiares. Hoje em dia com a internet, as coisas se tornaram um pouco mais fáceis nesse quesito, faço ligações de vídeo quase todos os dias para me manter e me sentir mais próxima a eles.
