Ciclo de Debates da Apae Lajeado encerra com profissionais da Clínica de Saúde

inclusão social

Ciclo de Debates da Apae Lajeado encerra com profissionais da Clínica de Saúde

Durante o encontro foram discutidos informações sobre o diagnóstico, a escolarização, o mercado de trabalho e as terapias

Ciclo de Debates da Apae Lajeado encerra com profissionais da Clínica de Saúde
Apae Lajeado fecha Ciclo de Debates com a temática: “A intervenção especializada dentro da clínica de saúde” (foto: Renata Leal)
Lajeado

O último encontro dos Painéis de Debate da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais ocorreu na noite desta segunda-feira, 19, na sede da instituição. A rodada de bate-papo teve como tema: “A intervenção especializada dentro da clínica de saúde da Apae”. A iniciativa dos debates foi da Apae Lajeado, que aproveitou o tema do ano da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência “Nossa história: quem somos e o que fazemos” propondo um espaço para profissionais e famílias compartilharem experiências e trocarem informações sobre o diagnóstico, a escolarização, o mercado de trabalho e as terapias.

A coordenadora pedagógica Tamara Dresch esteve à frente da organização dos encontros, idealizados pela diretoria da instituição e conta que organizar esses momentos foi desafiador. “Nosso objetivo foi pensar nas temáticas, agendar com os painelistas e a partir deles, contar suas histórias. Os participantes que estiveram nas três noites de painel puderam acompanhar a caminhada da instituição com percepções de diversos setores que trabalham e lutam pela pessoa com deficiência”, diz. Segundo Tamara, os painéis contaram mais sobre os serviços, tanto dentro quanto fora da Apae e serviram para familiares, pessoas da comunidade ou aqueles que buscam aprender mais sobre a causa, para que tivessem a oportunidade de estarem mais próximas dos profissionais, do processo e dos serviços. “Vivenciar cada dia foi importante. Cada noite uma experiência de pertencimento a toda essa construção. Conversar com professores, profissionais e famílias é sempre muito gratificante quando falamos da causa que tanto acreditamos e lutamos.”

Painelistas da noite

O psicopedagogo da Apae Lajeado, Ezequiel da Silva Marques Júnior, com especialidade em Psicopedagogia clínica, institucional e educação especial, conversou sobre a intervenção psicopedagógica dentro do ambiente clínico e institucional. Segundo Marques, o processo inicial é que a criança ou jovem e família possam sentir a conexão e o carinho que ele, enquanto profissional tem com o atendido e também com a profissão. “Precisamos de uma parceria entre família e professor, pois o nosso atendimento tem 45 minutos semanais e na escola a criança fica cerca de 4 horas e em casa ainda mais. Então todos precisam se unir para que juntos consigamos atingir os objetivos”, diz. Ezequiel começou como voluntário da Apae, depois foi monitor, professor e hoje é psicopedagogo. Hoje atua muito com a Base de Análise Comportamental e afirma que observar para saber lidar com esse paciente, ajuda muito a identificar e a evoluir com os usuários atendidos.

A fisioterapeuta Sabrina Catto, Especialista em Fisioterapia Neurofuncional, explanou sobre o trabalho que realiza com a hidroterapia, na piscina da Apae. Sabrina contou como são os atendimentos, a história, a trajetória, como funciona e os focos que exercita com cada criança, adolescente ou adulto. São realizados atendimentos personalizados, aprendendo a lidar com cada desafio e medos, até que vão superando. “Eles amam entrar na piscina, quando não tem, precisamos prepará-los para que não tenham frustração. Utilizamos o mesmo ambiente e brinquedos que estão familiarizados”.

Segundo Sabrina, tudo que é planejado dentro da água é pensando sobre as sensações que terão. “Não conseguimos aprender em cursos e livros, precisamos estar lá dentro e sentir com eles. Quando vejo algo diferente, penso como será na água, que sensação terão e como irão desenvolver com cada atividade”. Na hidroterapia, o usuário é atendido por seis meses, em caso de bom aproveitamento, se prorroga por mais seis meses.

A fonoaudióloga Vitória Sant’Anna tem Mestrado em Ciências Médicas, Especialização em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e Especialização em Neurociência e Aprendizagem. Esteve conversando sobre fonoaudiologia dentro da Apae, apresentando um pouco sobre sua área, área de atuação e como auxilia as crianças usuárias da Apae.

Há quase um ano e meio na instituição, Vitória conta que atualmente o maior público são crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). “As pessoas procuram a fonoaudióloga com foco na fala, mas antes de falarem existem muitas outras questões a serem trabalhadas, muitas alterações e até mesmo questões ligadas ao processamento dos alimentos. Dentro da motricidade, trabalhamos a mastigação e não o ato de mastigar, mas identificar o quanto conseguem colocar dentro da boca da criança e assim vamos aprimorando os atendimentos”, diz.

Atividades internas

Neste sábado, 24, acontece o evento Escola Aberta, com o objetivo de reunir profissionais e familiares para aproveitar a área de lazer da instituição e retirar o Chá Comercial que está sendo comercializado antecipadamente no valor de R$ 20,00. Nos dias 26 a 29 serão realizadas programações internas para os alunos da escola. No dia 27 ocorre o Encontro das Apaes do 8º Conselho em Venâncio Aires e 28 ocorre o Encontro de autodefensores em Teutônia. Também dia 29, será realizado um Show de Talentos interno e na sexta-feira, dia 30, o encerramento com a balada da Apae.

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