Pesquisas avançam e profissionais mapeiam áreas vulneráveis no Vale

NOVO PLANO DIRETOR

Pesquisas avançam e profissionais mapeiam áreas vulneráveis no Vale

Univates, municípios e Sedur coletam dados de locais sob riscos de inundações e deslizamentos como primeiro passo para a elaboração de novos planos diretores a cidades afetadas pelas cheias

Pesquisas avançam e profissionais mapeiam áreas vulneráveis no Vale
Estudos vão determinar os zoneamentos de risco, as regras para uso do solo, a mobilidade, o código de edificações e os planos de habitação. (Foto: Aldo Lopes)
Vale do Taquari

Equipes da Univates, municípios e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur) avançam no trabalho de diagnóstico das áreas vulneráveis a eventos climáticos como inundações em sete cidades do Vale do Taquari. Trabalho é feito a partir da parceria dos três setores, para a criação de novos planos diretores aos locais mais afetados pelas cheias.

O contrato estabelece uma série de estudos técnicos, como determinar os zoneamentos de risco, as regras para uso do solo, a mobilidade, o código de edificações e os planos de habitação. Neste convênio com o estado, a Univates é encarregada dos diagnósticos necessários para formulação dos novos planos diretores.

O orçamento da Sedur para o projeto é de R$ 3,1 milhões.
Arquiteto e urbanista e coordenador geral do processo de planejamento da iniciativa, Marcelo Arioli Heck aponta que, neste primeiro momento, a prioridade é a identificação das áreas vulneráveis, a fim de subsidiar a implementação de medidas preventivas. Dessa forma, se torna possível reduzir danos e proteger as comunidades contra possíveis eventos climáticos extremos, como as inundações e os deslizamentos.

Doutor em Planejamento Urbano e Regional, Heck ressalta que a metodologia é inovadora, porque propõe uma sequência de etapas, desde o atendimento emergencial e prioritário, incluindo mapas georreferenciados, seguido de uma completa revisão da legislação de cada município de forma participativa com as prefeituras e a comunidade.

Desafios

“O projeto de planejamento das cidades é complexo, tanto por sua área de abrangência como pela quantidade de temas a serem abordados, todos envolvendo mudanças profundas”, reforça a arquiteta e doutora em Planejamento Urbano e Regional, Izabele Colusso, que também atua na coordenação técnica geral dos planos. A profissional ainda ressalta que a metodologia contempla itens emergenciais, buscando oferecer respostas em curto espaço de tempo.

De acordo com os arquitetos, o desenvolvimento de planos e estratégias é embasado em pesquisas acadêmicas atualizadas e a realidade prática das ações, indicando soluções inovadoras e sustentáveis para a recuperação urbana, além de melhoria na capacidade de respostas a situações de emergência.

A primeira etapa do trabalho também consiste no levantamento de dados como legislações, mapas, levantamentos sobre inundações e deslizamentos, entre outras informações.

Cidades mais preparadas

Arroio do Meio, Colinas, Cruzeiro do Sul, Encantado, Estrela, Muçum e Roca Sales são as cidades contempladas pelo projeto. Segundo a Diretora de Planejamento Urbano e Metropolitano da Sedur, Tassiele Francescon, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano vem trabalhando para tornar as cidades gaúchas mais seguras e resilientes. “Investir em planejamento urbano adequado não apenas protege vidas e os bens da população, mas também promove o desenvolvimento sustentável da região. Cidades mais resilientes atraem investimentos, geram oportunidades e garantem a qualidade de vida das futuras gerações”, reforça.

O projeto

  • No fim de junho, foi formalizada a parceria entre o Governo do Estado do RS e a Univates.
  • Equipe é composta por mais de 40 profissionais de diversas áreas.
  • O trabalho consiste na elaboração do Plano de Reconstrução e Projeto de Lei para revisão ou elaboração dos Planos Diretores, além de Planos Setoriais para cada uma das cidades contempladas.
  • O cronograma foi dividido em 20 meses, sendo os dois primeiros destinados à elaboração do zoneamento das áreas de risco e às diretrizes preliminares de ocupação prioritária.
  • Depois, segue o diagnóstico do Plano Diretor de cada município.
  • As propostas para cada município serão desenvolvidas ao longo de 2025, com conclusão prevista para março de 2026.

Entregas

  • Zoneamento de risco e diretrizes preliminares de ocupação prioritária
  • Plano diretor
  • Plano de parcelamento do solo
  • Plano de habitação social
  • Plano de mobilidade

Acompanhe
nossas
redes sociais